A obra intitulada “Quem me leva os meus fantasmas” foi finalizada no dia 23 de novembro e se localiza na rua Des. Freitas, próxima à CDL. A obra faz parte das intervenções do Circuito Urbano de Intervenções Artísticas – CUIA que teve sua abertura na quarta-feira (10/11) com a instalação artística “A Teia” em frente ao Theatro 4 de Setembro. A programação do CUIA se estenderá até janeiro de 2022 e, em sua primeira edição, utiliza o centro da cidade como campo de experimentação artística.
O evento é uma realização da Associação Amigos da Arte e da Cultura do Piauí (@assaacpiaui); Saracura Produtora (@saracuraprodutora) e conta com patrocínio do Armazém Paraíba (@armazemparaiba) através do Sistema de Incentivo Estadual à Cultura – SIEC da Secretaria de Cultura – SECULT (@cultura.piaui). Além disso, o evento com apoio da Rambeer (@rambeercervejaria), da Sherwin-Williams (@sherwinwilliansthe), da MM Locações (@mmlocacoes), do Arte Urbana Teresina (@arteurbanateresina), da Rua 2 (@rua2produtora) e da SAAD Centro – Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas ( @saad_centro ).
No momento, também está acontecendo a execução de um painel da artista Letícia Anguito. Os próximos artistas a pintarem no evento são Cardoso Not e Marcus Batista. Além de instalações e murais artísticos, a programação do CUIA inclui mesas-redondas, exibição de documentário inédito e lançamento de livro digital.
QUEM ME LEVA OS MEUS FANTASMAS
A obra traz formas humanas representando homem e mulher, um sol circular, um mar com ondas, barcos, uma árvore nascendo de uma xícara, uma estrela grande, algumas plantas e pedras, nuvens, um grande coração envolto em tecidos e ainda haverá uma noite estrelada no lado direito.
O mural traz uma narrativa centrada na ideia de que todos nós somos iguais à medida que somos unidade. Mostra que homem e mulher, assim como os mares e os céus são uma criação divina e estão intimamente ligados.
Admirar a força que tem o astro sol pela manhã do dia, mas neste mesmo dia vem a noite escura de um céu estrelado, entender as cheias das marés, assim como os rios correm para o mar, é entender que o nosso rumo quem escreve é Deus. Desde os batimentos do coração, aos pés firmes do chão, a lagrima que corre de alegria, mas também de dor.
FICHA TÉCNICA
Obra: Quem me leva os meus fantasmas
Artista: Hirlan Moura
Área: 99,17m²
Local: Rua Des. Freitas, próximo à CDL
Assistência artística: Rafael Leite, Ronne da Cruz, Marcus Batista
Curadoria: Ronne da Cruz, Marcus Batista
HIRLAN MOURA
O artista visual é nascido e residente em Fortaleza – CE. Graduando em Artes Visuais pelo IFCE, vem desenvolvendo suas artes no Atelier Nave de Viagens Visuais, onde mora e trabalha com as mais diversas formas de expressão visual (como ilustração, gravura, colagens, pintura em tela, graffiti, entre outros), e atua também em projetos sociais como Arte Educador. Desdesua infância tem o gosto por desenhos e pinturas, o que ajudou a contribuir com a sua vasta bagagem.
Seu primeiro contato com graffiti já foi em 2011, ano em que entrou para Crew A.D.R – Arte de Rua. E no ano seguinte já inicia um trabalho solo. Possui passagens pela Escola de Arte Urbana em Cuca Barra e Mondubim, Porto Iracema das Artes e também na Escola de Artes, Ilustrações e Quadrinhos Daniel Brandão, onde foi premiado com uma bolsa integral.
Em 2014 participou do Curta Metragem “Além da Cor”, idealizado pelo grupo HUMANOS PRODUÇÕES, como personagem principal de uma história que retrata a arte urbana e o pixo, abordando desde o desenvolvimento de uma pintura em técnicas de graffiti, aos questionamentos sobre a criminalização ainda enfrentada por estas expressões artísticas.
A sua abordagem caminha em diálogo com meios urbanos, usando de inspiração para seus trabalhos temáticas como traços de civilizações antigas, cultura regional, causas sociais, simbologia, astronomia, filosofia, matemática, natureza, religiões, divino/profano, lendas, distopias e multiversos, onde já expôs em diversos estados brasileiros.
O CUIA
Surgindo com uma ideia de mesclagem de diversas linguagens artísticas a fim de transformar e ressignificar os espaços, trazendo transformações estéticas, sem deixar de lado a nossa identidade, surge o Circuito Urbano de Intervenções Artísticas – CUIA, que traz este mesmo conceito no significado do próprio nome. No artesanato, a cuia é um recipiente geralmente ovoide feito de um fruto que é secado e desprovido da polpa e utilizado para esvaziar canoas, transportar ou misturar líquidos, alimentos e muitas outras finalidades.
Para além de um evento artístico de finalidade potencializadora do Centro de Teresina e de programação diversificada, o CUIA é um evento que mistura cores, pessoas, artistas, ideias e conceitos em espaços que fazem parte do nosso cotidiano e que tocam direta ou indiretamente a população que frequentam o coração histórico da cidade, fazendo com que o Centro seja visualizado por outras perspectivas e também pelas mais diversas possibilidades de usos.
A identidade visual do CUIA é composta pelos elementos das obras do artista Carlos César. Formado em Moda pela Universidade Federal do Piauí, Carlos tem seus trabalhos abrangendo vários suportes, como o bordado e passando também pelas artes digitais. Nas suas obras, traz personagens e locais populares do imaginário teresinense, como no caso de “A sociedade do Através” (2019) e “Os Androides de Areia” (2021), que carregam uma linguagem de HQ futurista ambientada em nossa capital. Segundo o artista, as suas obras retratam nossa cultura, nossa história, adaptando personagens das nossas lendas para a nossa realidade, transformando conceitos abstratos de uma cidade em personalidades.
Este evento somente foi possível graças aos nossos patrocinadores, aos nossos apoiadores e aos nossos realizadores, que somaram esforços para a realização deste projeto. A todos os nossos agradecimentos.