LILI DA REDE LILÁS (2018) de Eliane Martins Vieira

NOVAS FOTOS DO CELULAR - 2018 2371Eliane Martins Vieira é filha do consagrado intelectual Júlio Martins Vieira (poeta, professor, magistrado e membro da Academia Piauiense de Letras), bem como é descendente de um importante nome da política do Piauí: Manuel de Sousa Martins, o Visconde da Parnaíba.
Eliane Martins Vieira em seus versos existenciais expõe o seu real drama humano. Com instinto comovente, a poetisa de LILI DA REDE LILÁS vai alinhavando escritos ora doídos ora irônicos.

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Seus temas revelam a sua busca incessante: amor, saudade, solidão, amargura, luxúria, utopia, angústia… Que sobressaltam a nivelar os seus desabafos e os seus lamentos de mulher extremamente sensitiva.
Eliane Martins Vieira guardou na gaveta, por anos a fio, os seus poemas. Escondeu, relembrou e reescreveu as páginas da sua vida, que hoje, sem medo, sem desculpa, sem pudor, entrega a todos nós.
A obra LILI DA REDE LILÁS é a realização de um sonho antigo da novel autora. Título de livro que lhe empresto com imensa alegria, porque, para Eliane Martins Vieira, dediquei um punhado da minha inspiração de pássaro universal:
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DA REDE LILÁS DE LILI
À Eliane,
filha do grande poeta Júlio Martins Vieira

Lili na rede lilás
embala o seu fardo
de simpatia e despudor
ou ainda balança
o seu sorriso
de alegria,
às vezes dor.

Lili da rede lilás
em seu chambre
da mesma cor!
Faz – aliás – ardor
no amor
de seu clamor
despido
em flor.

Na rede lilás de Lili,
(olhar de índia
morena do Poty)
decolam sonhos
de rios pendentes
ou penitentes.

Da rede lilás de Lili,
voam pássaros arroxeados
da alma sonolenta
de pinturas do seu drama
indoméstico.

Na sala de Lili,
a sua rede de nódoa lilás
abarca cabaz
a própria mancha
da dança
de ir e vir
monótona
à escuta de Vivaldi.

Poema de Diego Mendes Sousa
Resenha de Diego Mendes Sousa

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(ELIANE MARTINS VIEIRA)

Diego Mendes Sousa nasceu na Parnaíba, costa norte do Piauí. É autor dos livros de poemas: Divagações (2006); Metafísica do Encanto (2008); 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor (2010); Fogo de Alabastro (2011); Candelabro de Álamo (2012); O Viajor de Altaíba (2013); Alma Litorânea (2014); Gravidade das Xananas (2015); Tinteiros da Casa e do Coração Desertos (2015); Coração Costeiro (2016) e Fanais dos Verdes Luzeiros (2017). Recebeu o Prêmio Castro Alves da UBE-RJ pelo Conjunto da Obra, em 2013. É membro correspondente da Academia Carioca de Letras e da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ), bem como membro efetivo da Associação Nacional de Escritores (ANE). Membro Titular do PEN Clube do Brasil.

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