senão outro poema de amor
um refrão pela manhã tão risonho
que acorda e balança de uma vez
no frescor de uma brisa movediça
para nós três só resta a calmaria
a galope por sobre um mar bravo
qual semente de sonhos infantis
qual luxúria de gente apaixonada
não há passos nem vãos de escadaria
no assoalho do mar tudo é plano
e no plano não há nada pensado
se nós vamos de mãos dadas por ele
é porque nos atamos pelo fundo
é porque nos atemos pelo nada!
Poema de Edmar Monteiro.