Nos dias 25 e 26 de novembro acontecerá a 8ª Balada Literária no Memorial Esperança Garcia, com o tema “Brega x Ditadura” e conta com a participação de muitos artistas.
“A programação do evento incluirá, entre outras atividades, uma mesa-redonda para debater Brega versus Ditadura, destacando-se fatos ocorridos naquele período, os chamados “anos de chumbo”, tempos de repressão política e de censura moral também”, comenta o professor, escritor e curador da Balada no Piauí, Wellington Soares.
Basta lembrar da opressão sofrida, acrescentou ele, pelos cantores Odair José e Agnaldo Timóteo e pelas escritoras Cassandra Rios e Adelaide Carraro, que tiveram músicas e livros proibidos pelo regime autoritário.
“É sempre com alegria que realizamos a Balada em Teresina, momento de celebrar a literatura e debater assuntos culturais que instigam nossa imaginação”, acrescentou Wellington.
Por enquanto o evento conta com os lançamentos dos livros “Trindade – Uma Mulher que Fez Diferença” do Wellington Soares; “Do U Dy Grudy aos Cantares” do escritor Hermano Carvalho; “Mátria” da poeta Laís Romero; “Lua no Caminho” de Rogério Newton; “Na caverna de Platão” de J. L. Rocha Nascimento; “O menino do canto escuro” de João Batista do Rêgo.
Entre os convidados de outros estados, está o autor Marcelino Freire, idealizador da Balada Literária, que, originalmente, acontece em São Paulo desde 2006, e se estende por outras capitais: Salvador, Recife e Teresina. Aqui Marcelino vai aproveitar para lançar Escalavra, seu mais novo romance.
Está confirmada igualmente a participação do poeta Nelson Maca, curador da Balada em Salvador (BA), que apresentará Exu do amor, sua nova performance poética.
Todo o evento é formatado em mesas temáticas, saraus poéticos, shows musicais, lançamentos de livros e exibição de documentários. Sem falar ainda da troca de ideias e da celebração da amizade, que costumam marcar esses encontros culturais.
A primeira edição da Balada Literária, em Teresina, ocorreu em 2017, em homenagem ao poeta e compositor piauiense Torquato Neto, não parando daí nenhuma vez, mesmo durante a Pandemia, ao longo desse anos.