O Festival Afro Cultural está na sua 21ª edição e acontece hoje, 25, às 19h, na praça do bairro Santa Maria da Codipi, Zona Norte de Teresina. E tem o objetivo de enaltecer a cultura, arte e a estética afro-brasileira destacando o orgulho de ser negro seja por meio da dança, do gingado ou mesmo da valorização das histórias do povo.
O evento surgiu em 2001, na comunidade Santa Maria da Codipi e a inspiração veio do idealizador Bento Alves, baseada em um movimento semelhante que acontece em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde então, o evento tornou-se um momento único para celebrar a riqueza da cultura negra, destacando talentos musicais, artísticos e culturais. Para Bento Alves, esse é um espaço que transcende a celebração para se tornar um local de emancipação e libertação para aqueles que enfrentam diariamente o peso do racismo e do preconceito.
Ao longo dos anos, Bento Alves testemunhou o crescente apoio da comunidade, ultrapassando as fronteiras da Grande Santa Maria da Codipi e integrando-se ao calendário cultural piauiense. No entanto, é importante ressaltar que, apesar da sua importância cultural, o festival ainda busca o apoio financeiro para continuar se fortalecendo.
“Os momentos mais marcantes, foram as apresentações culturais dos grupos artísticos das comunidades Santa Maria e entorno. E como todo ano, o momento mais esperado que é o desfile para a escolha do rei e da rainha da Beleza Negra”, comenta Bento Alves.
O festival tem sido uma contribuição significativa para a promoção da cultura afrodescendente em Teresina. É um espaço que, para Bento Alves, representa a emergência de novos talentos e incentiva a expressão digna da identidade negra.
A representatividade da beleza negra na sociedade é central para o festival, destacada através de diversas atividades, como apresentações artísticas, oficinas e rodas de conversa, buscando afirmar a cultura e o modo de ser do povo negro.
A resposta positiva da comunidade ao longo dos anos é notória. As pessoas aguardam ansiosamente cada edição do Festival Afro Cultural da Beleza Negra. Para Bento Alves, como organizador, esse retorno é de suma importância, revelando a relevância da atividade na comunidade.
O festival abrange uma variedade de atividades culturais, desde rodas de conversa até apresentações musicais, cênicas, poesia, DJ e o tradicional desfile para a escolha do Rei e da Rainha da Beleza Negra. A integração e fortalecimento da comunidade afrodescendente são evidentes, contribuindo para a afirmação cultural e quebra de estigmas históricos, tornando a sociedade mais inclusiva.
Para o futuro, Bento Alves deseja avançar nas discussões sobre temas pertinentes à comunidade negra e explorar novas expressões artístico-culturais. O Festival Afro Cultural da Beleza Negra permanece como um farol de celebração e promoção da diversidade cultural em Teresina, uma jornada contínua de expressão e resistência.
