Lícia Mayra (@liciamayra) escreve para se livrar do tédio. Nasceu em 1995 com o sol em Aquário e lua em Áries. Seu lugar de conforto é a prosa. Na corda bamba entre o drama e o humor, é viciada em boas histórias. É autora de Rogai por nós (2020) e tem textos publicados em diversas revistas e antologias. Integrante do Coletivo Escreviventes, coordena o clube de leitura, Lendo como uma Escritora. Vive no mundo da lua, mas pode ser encontrada se abanando de calor em Picos, Piauí.
A obra é seu primeiro livro publicado por uma editora, a Urutau (@editoraurutau). Antes havia publicado os livros Rogai por nós (2020, disponível na Amazon) e Uma noite londrina (2015), de forma independente.
Em entrevista à Geleia Total, Lícia revela que a obra carrega tons de criatividade e um toque de ousadia feminina.
“É muito gratificante receber o apoio e expectativa dos leitores. Ao mesmo tempo, devido ao conservadorismo da nossa sociedade, que pesa ainda mais sobre os ombros femininos, não deixo de ter certo receio de como a obra será recebida. Afinal, a sexualidade é um elefante branco na sala de estar, e minha escrita é desbocada, não costumo usar eufemismos. Tem horas que eu penso: por que foi mesmo que escrevi tanta saliência, não tem nada que eu possa ler em voz alta sem enrubescer três gerações da minha família (risos). Porém sigo firme no desejo de provocar reflexões, risadas e quiçá leve embriaguez no público”, disse.
Sinopse do livro novo de Lícia Mayra
Camila goza para esquecer os problemas. Marizete trai antes de fazer o almoço. Amanda foi vítima das câmeras, enquanto dona Norma posa nua em cima da máquina de lavar. A sexualidade feminina, eterno tabu, é o fio condutor desses contos. As mulheres que os protagonizam não cabem em rótulos. Cínicas, estouram a rolha dos bons costumes em prol de si mesmas, ainda que depois a ressaca lhes cobre a conta. Vingança é um prato que se come com Chandon é uma obra agridoce, com notas de crítica social, toques de tensão e envolta em sarcasmo desmedido. Consuma sem moderação.
“O prazer da mulher ainda é um tabu e, como tal, transita entre o profano e o sagrado. Vingança é um prato que se come com Chandon é uma transgressão. As personagens são ora vítimas, ora algozes de si mesmas, e o tom das histórias alterna entre o humor e o drama, rejeitando dualidades e rótulos. Há histórias sobre porn revenge, abuso sexual, equidade de gênero, aborto, puberdade feminina, sexo na maturidade, dentre outros assuntos”, afirma Lícia.
A campanha de financiamento coletivo da obra vai até 07/11 e está disponível no site Benfeitoria. Segundo Lícia, entre o encerramento da pré-venda e a impressão do livro demora algum tempo, de modo que ainda não há uma data específica para um evento de lançamento.
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