“punk não é apenas música, mas pesquisa, leitura, formação política e engajamento e luta contra as injustiças sociais”. (Aristides Oliveira)
Nos últimos anos, a Revista Acrobata publicou a série Vozes do Punk, organizada por Aristides Oliveira e Eduardo Djow. Os dois fizeram uma série de entrevistas com artistas, pensadores e ativistas do gênero para esboçar um mapa da cena punk em Teresina (PI) a partir do final dos anos 80 até os dias atuais.
O projeto que começou em julho de 2018 busca valorizar a memória do cenário musical no Estado. Do Grito Absurdo – considerada a primeira banda do gênero no Piauí – até os eventos mais recentes, a série buscou construir um painel que situa as pessoas interessadas em conhecer a história da música underground na capital.
Agora, eles querem transformar essas memórias em livro, mas precisam de ajuda para esse sonho virar realidade. Em parceria com a Editora Cancioneiro e através de uma campanha colaborativa, buscam arrecadar o valor de R$ 4.600,00 para fazer uma tiragem mínima, no qual os custos da produção envolvem: capa, diagramação, impressão, distribuição.
Como apoiar o Vozes do Punk?
Os apoios são feitos através do PIX. É rápido e fácil. No momento, já arrecadaram 60% do valor, e só vão parar quando bater 100%!
Para quem mora em Teresina, o livro custará R$ 40,00 e o local de entrega será informado quando o livro ficar pronto. Já para quem mora em outra cidade ou outro Estado, o livro custa R$ 40,00 + R$ 15,00 (frete correios).
PIX: 017.166.503-13
Francisco Aristides de O. S. Filho
Eles pedem para enviar comprovante de pagamento e endereço (quem mora em outro Estado/cidade) para Aristides Oliveira no Whatsapp (86) 9.9834-5393.
Os organizadores
Aristides Oliveira é professor da Universidade Federal do Piauí, pesquisador independente e editor da Revista Acrobata. Seu último livro se chama Dos impasses democráticos à hecatombe Bolsonaro (Cancioneiro, 2023).
Eduardo Djow é organizador de shows punk em Teresina, coordena a página @piauipunk_oficial e é integrante da banda Miséria.
“Ser punk nessa época era andar de preto debaixo do Sol, enfrentar o conservadorismo dos pais e do provincianismo capenga da Tristeresina, ir para os shows a pé quando não tinha grana para pegar ônibus, se reunir nas praças e trocar referências musicais, combinar de ouvir som na casa dos amigos, participar dos protestos no Sete de Setembro ou nas reivindicações urbanas mais urgentes em qualquer época do ano, invadir o Palácio de Karnak (sede do governo) e enfrentar a polícia contra a péssima gestão excludente nas áreas de habitação e transporte.
Ser punk era se reunir aos domingos para debater textos anarquistas e planejar ações de conscientização política, gritar no palco de uma cidade presa ao regionalismo “voz e violão”, ocupar a Vila Irmã Dulce para garantir terras às pessoas que não tinham casa para viver com dignidade, manter contato com bandas e coletivos de outros Estados e países, fortalecendo um intercâmbio para se atualizar do que estava rolando além das nossas fronteiras, participar de encontros anarcopunks pelo Brasil e trazer punks de todo canto para compartilhar suas experiências com a galera daqui.
Tivemos o Grupo de Estudos Anarquistas (GEA), um movimento forte que mostrou ao mundo que punk não é apenas música, mas pesquisa, leitura, formação política e engajamento e luta contra as injustiças sociais”. (Aristides Oliveira)
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