A 20º edição do Salão do Livro do Piauí, SALIPI, aconteceu no dia 3 e vai até 12 de junho, o tema do evento foi “Ler é descobrir o mundo com palavras” com homenagem ao poeta Cineas Santos. Mesmo com os dois anos sem a realização dessa celebração, o público continua fiel ao espaço regado de arte, apesar de não existir nenhuma inovação e deixar o povo impressionado, infelizmente temos que nos conter com a mesmice de sempre. No entanto, isso fica para matéria do dia 13, contando mais detalhes e criticas sobre a organização do evento.
O que interessa é que a Geleia Total está pela terceira vez consecutiva no evento, mostrando toda riqueza cultural de nosso estado, não só a participação dos escritores que compõe o projeto da Geleia, mas também, com artesãos e artistas visuais do Piauí. O ‘stand’ possui um visual terroso com prateleiras de madeira, dando aquele toque regional, além da decoração. Tudo isso colabora para um espaço aconchegante, atraindo muitas pessoas a visitarem o local, se admirarem e comprarem um dos produtos.
“Estamos vendendo muitos chaveiros, copinhos, livros, pinturas, agradando os diversos nichos de pessoas que aparecem no SALIPI… O nosso ‘stand’ é tão rico regionalmente que um escritor e palestrante de São Paulo rodou por todo evento e só observou o nosso espaço vendendo artefatos de nossa terra, ele queria um produto para presentear uma amiga”, afirma Noé Filho.
Mas não foi apenas o ‘stand’ da Geleia que atraiu o público do evento. Outros espaços chamam a atenção pela simplicidade, originalidade e familiaridade.
O trabalho do artista Aldemir Campos chama atenção pelo talento, seu traço de artístico na caricatura é única, incrível a rapidez e detalhamento e seus desenhos, em simultâneo, lembrando desenhos animados.
“Desde que eu nasci comecei a trabalhar com arte, atualmente não trabalho apenas com isso, tenho outros trabalhas que não tem nada a ver com meu lado artístico… A arte eu faço pelo amor, independente da rentabilidade. Comecei a me apresentar na segunda-feira, 6 de junho, aqui no evento e por enquanto anda meio devagar. Eu faço um valor simbólico de 30 reais em cada caricatura, espero que no final de semana seja melhor para mim”, alega o desenhista.
Ganhei o meu dia ao ver essa linda família vendendo seu artesanato, a doçura da Maria de Jesus e a forma de como o Marcelo Paulo da Silva brinca com seu filho deixa um dos corredores do evento com uma vibe tão positiva, tão belo de se ver, algo tão raro nesta sociedade contemporânea. Provavelmente eu tenha ‘family issues’, mas isso é papo com minha psicóloga ou na ‘call’ do Discord com meus amigos para resolver. Voltando para a família, é fascinante a fofura dela para quem passa no lugar.
“Começamos a trabalhar em 1985 com artesanato, nunca tivemos outro tipo de serviço a não ser produzir nossa arte. Enquanto não estamos no SALIPI ficamos na praça João Luís Ferreira. Sou natural de recife, mas amo de paixão a cidade de Teresina… Todo mundo pensa que o trabalho do artesão é algo fácil, mas até para fazer uma pulseira mais simples dá muito trabalho, ninguém possui essa noção… O SALIPI é o melhor evento da cidade, é social, cultural e financeiro para os artistas locais”, relata o artesão.
Outro espaço que chama atenção é essa família que produz licor artesanal com frutas tipicas do norte e nordeste, sem adição de corantes e aromas artificiais, a Petrichor Licor Fino é uma empresa piauiense constituída pela família Gonçalves.
“O criador da Petrichor é o meu pai, Marcos Antônio, ele amava tomar licor, mas queria sentir outros sabores e não achava aqui em Teresina, então começou a fazer e experimentar com diversas frutas e foi gostando. A família também gostou e começou a empreender… A família é gigantesca, boa parte ajuda a empresa. Desde então, a marca já possui três anos que começou a aprender a fazer e em dois anos começamos a vender… A Petrichor Licor Fino é um ‘hobby’, mas é algo que está dando lucro. O dinheiro que ganhamos com o licor, não vai para uso pessoal, e sim, para aperfeiçoar ainda mais nossa empresa”, afirma Camila, filha do Marcos Antônio.
Considerações Finais
Vale lembrar que o evento termina no domingo, 12 de junho, ainda dar tempo de você conferir os trabalhos de Aldemir e suas caricaturas, a família e o artesanato de Marcelo Paulo, provar e comprar o licor da família Gonçalves, e o ‘stand’ da Geleia Total com uma variedade enorme de livros e artesanatos para você ver e comprar, tendo uma programação diferenciada diariamente no SALIPI. Corra e Aproveite!
Para mais informações do evento acesse: salipi.com.br