Quarta e quinta o Teatro João Paulo II receberá a estreia do espetáculo “Uirapuru”

Uirapuru - Foto Maurício Pokemon

UIRAPURU é uma peça inspirada nas entidades que habitam as florestas do Brasil e no imaginário mítico das matas brasileiras. E será estreado nessa quarta, 18, e quinta, 19, de maio às 19 horas. A entrada será gratuita nas duas apresentações e em seguida a peça circulará pelo teatro Campo Alegre, no Porto/Portugal e no Festival Montpellier Danse, em Montpellier/França, no mês de Junho próximo.

Com criação da Plataforma Demolition Incorporada, o espetáculo tem a assinatura da concepção e coreografia de Marcelo Evelin. O espetáculo está sendo ensaiado no novo Estúdio Demolition Incorporada, em Teresina, reunindo um grupo de antigos colaboradores da plataforma com outres artistas piauienses, formando um elenco integralmente de brasileiros.


A floresta como cosmologia particular – selvagem e encantada – e como regresso a um interior profundo e desconhecido. O Uirapuru é um pássaro brasileiro, considerado o “cantor da flroresta”. Uirapuru significa “homem-pássaro” ou “ave enfeitada” em Tupi-Guarani, uma das línguas dos povos originários do Brasil. Tem sua existência envolta em uma lenda indígena, a estória do encantamento de um dos amantes de um amor impossível, em uma ave rara, cujo canto fizesse os ouvintes delirarem.
O espetáculo UIRAPURU é uma dança de um gesto só, suspenso e insistente, uma dança hipnótica, que inscreve um rito e configura um território imaginário entre o pousar e o alçar voo. A dramaturgia de UIRAPURU aposta na escuta desse pássaro raro, envolto de encantamento, cuja plumagem traz sorte, como uma promessa de aparição de uma brasilidade que insiste em vibrar.


O grupo elabora e expõe suas diferenças em uma constante negociação de um lugar comum, na tentativa de reafirmar uma coletividade com autonomia e revelar suas singularidades de histórias, raças e gêneros. Em residência há dois meses no CAMPO arte contemporânea, Evelin e a equipe apostam em uma criação artesanal, desde os objetos que configuram o espaço cênico, até a concepção sonora e o figurino.
A concepção de som foi pensada por Danilo Carvalho, artista de Parnaíba, que convidou Luis Carlos Garcia da cidade de Hidrolândia/Ceará, um músico e imitador de pássaros, para estar em cena junto com os bailarinos. O espaço cênico do trabalho foi criado como um céu para a coreografia, formado por um comedouro de pássaros com frutas e legumes em um arranjo de madeiras que se equilibram em uma instabilidade flutuante.
O figurino determina o corpo, reforçando o antagonismo entre céu e terra, entre voar e enraizar. A iluminação se dá através de uma escultura luminosa suspensa, um “Sol de Teresina” que faz amanhecer e anoitecer o espetáculo.

Ficha Técnica 
Uma obra Demolition Incorporada
Concepção e Coreografia: Marcelo Evelin
Criação e Performance: Bruno Moreno, Fernanda Silva, Gui de Areia, Luis Carlos Garcia, Marcio Nonato, Rosângela Sulidade, Vanessa Nunes.
Dramaturgia: Carolina Mendonça
Assistência de criação: Bruno Moreno
Luz: Marcio Nonato
Som: Danilo Carvalho
Direção técnica: Andrez Ghizze
Preparação e ensaio: Mariana Alves
Ilustração: Elza Hieramente
Foto, vídeo, gráfico: Maurício Pokemon
Produção de receptivo/Campo: João Marcos
Direção de Produção: Regina Veloso/Casa de Produção
Assessoria administrativo-financeira e de logística: Humilde Alves
Produção e Difusão: Sofia Matos/Materiais Diversos
Residências artísticas: CAMPO arte (Teresina/Brasil), Teatro Municipal do Porto – Teatro Campo Alegre (Porto/Portugal), La Vignette (Montpellier/France)
Co-produção: Teatro Municipal do Porto/Pt, Festival Montpellier Danse 202/Fr e Festival d’Automne à Paris/Fr.

Circulação UIRAPURU

*Estreia nacional
Teresina – Brasil
Dias 18 e 19 de maio, às 19 horas
Teatro do Dirceu

*Estreia internacional
Porto – Portugal
Dias 03 e 04 de junho
Teatro Campo Alegre

Montpellier – França
Dias 19 e 20 de junho
Théâtre La Vignette/Montpellier Danse

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