O álbum O Bom Selvagem, de Dom Bugre (DMB), será lançado dia 10 de outubro de 2021 em todas as plataformas musicais e apresenta como destaque a faixa Bugre Poderoso. A música traz uma levada dançante que remete ao carimbó, ritmo amazônico muito difundido no norte do Brasil, mas que já se alastrou por outras regiões. O tema central da música é o Bugre, personagem que configura um tipo de pessoa que é vista de forma inferiorizada pela sociedade. O Bugre, é considerado “o sem alma, o selvagem, o zé ninguém” que traz consigo heranças indígenas, mas que na verdade pode ser qualquer pessoa que é inferiorizada pela sociedade.
Pré-Save do álbum O Bom Selvagem
Dessa forma, Bugre Poderoso, mostra que o Bugre nunca morre e que ele sempre irá se levantar contra esses estigmas sociais, de forma poderosa contra seus opositores. Bugre Poderoso representa a indignação e a força daqueles que tem seus modos de existências incessantemente confiscados. Mais do que de pessoas ou grupos, Bugre Poderoso trata de lutas. E lutas não morrem.
O disco O Bom Selvagem, mescla de forma simples e despretensiosa, vários ritmos em cada uma de suas faixas, caminhando entre as levadas do rock, funk, hip hop, carimbó, baião e até mesmo o punk, que é remetido na faixa 12, MS Burn,
Podemos dizer, que o segundo disco de Dom Bugre, se caracteriza como um álbum pop e eclético. O músico, que vive hoje no interior do Piauí, na cidade de São Raimundo Nonato, é natural de Campo Grande (MS), mas viveu em São Paulo (SP) na última década. Todo esse ecletismo se dá justamente pelas andanças e influências musicais absorvidas pelo artista durante as suas mudanças de residência pelo Brasil.
O disco contou com o produtor musical Samuel Bueno (ex-baixista do rapper EMICIDA), que produziu duas músicas no álbum, as faixas A Cena e Zé da Silva, recheadas de synths, breakdown e batidas swingadas que preencheram a música com um ar metropolitano, misturado com baião.
Na faixa 5, DMB realiza um Feat com o parceiro de composição Vinil Moraes na música, Todos contra parede. Música que representa toda a hostilidade vivida por pessoas no dia-dia das metrópoles, com coações, dificuldades de locomoção, trabalhos precários e a uma existência “noiada” que constitui boa parte da vida nas grandes cidades brasileiras.
Na faixa 10, Última prece, foi a vez do músico piauiense Sandrinho do Acordeon mostrar um pouco da sanfona nordestina, instrumento ímpar, que nos remete as lembranças da música nordestina.
Na música Ninguém, uma seis por oito, décima primeira do álbum, os acordes da viola caipira/moderna de Rainer Brito se junta com Dom Bugre apresentando uma polca-rock.
Além disso, Dom Bugre vem acompanhado pelos músicos da Banda Jacurutrio, um power trio formado na cidade de São Raimundo Nonato (PI), composta por Kelson Coutinho (guitarras), Duduca Moura (Bateria) e Ênio Ramón no baixo, são eles que dão o “tempero” da música piauiense contemporânea.
A gravação do disco O Bom Selvagem se deu através da contemplação no Edital Prêmio Maria da Inglaterra, através da Lei Aldir Blanc e fomentado pelo apoio do SIEC, Governo do Estado do Piauí, Secretaria de Esporte e Cultura, Secretaria do Turismo e Governo Federal.
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(89) 98147 4781 – giovani.bugre@gmail.com
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