O mês de junho já passou, mas continuamos falando de receitas tradicionais nordestinas com foco na cultura piauiense. E uma das receitas mais conhecida na nossa culinária é a Maria Isabel. Um prato que marcou a vida de muita gente e por isso convidamos alguns piauienses apaixonados pela culinária regional para dividir com vocês algumas sugestões de pratos, dessa vez a sugestão dessa receita será apresentada na sua versão vegana. Esse é um prato inspirado na nossa tradição e que agradará todos os gostos!
Atenéia Rodrigües é professora de educação no ensino médio, cantora e trabalha com numerologia cabalística. Por causa da pandemia teve que começar a trabalhar de forma virtual, mas conta que foi também o momento que começou a mergulhar mais na culinária, pois nas ciências holísticas há uma orientação para ter sempre cuidado com o que se está ingerindo, evitando, quando for possível, ingerir carne e elementos que passaram pelo sofrimento. Graças a esse entendimento o que era um desejo se tornou realidade nesse período e ela pode fazer a transição gradualmente.
“Eu já tinha percebido a textura do cogumelo funghi era excelente para fazer a vez da carne de sol na Maria Isabel. Então eu vi um ex-aluno meu, Natan, que está trabalhando com alimentação vegana, postando uma receita fazendo a adaptação da Maria Isabel. Aí fiz a minha versão.”
Atenéia Rodrigües frisa que, como nunca focou nesse tipo de alimentação, só agora ela entende o poder que os vegetais possuem, além dos sabores que é possível extrair deles. Para ela, a culinária tradicional tem um contexto histórico e que traz uma série de significados por representar a nossa cultura. A Maria Isabel é um dos pratos da culinária tradicional que tem todo um significado para Atenéia porque faz parte da sua memória afetiva e ela rememora alguns momentos que vivenciou com a sua mãe desde a compra dos ingredientes até a feitura do prato.
Os festejos nordestinos, assim como todo o período junino, representa para Atenéia Rodrigües um momento impar de afetividades e diversão para ela que nasceu imersa nessa cultura, por isso não poder vivenciá-lo presencialmente desperta tanto essas memórias.
“Dentro desse mundo dominado pela proteína da carne eu estou conseguindo me manter e bem saudável e já bem adaptada. Nesse momento eu me vejo como alguém que quer inspirar outras pessoas.”
Muitos ingredientes foram descobertos por ela nesse processo de adaptação, um deles foi a carne de caju que é já é considerado um ingrediente tradicional na região, principalmente para quem é vegano, pois, segundo Atenéia Rodrigües, embora o caju seja usado na forma doce ele combina muito como prato salgado, substituindo carnes e tantos outros ingredientes.
“A minha Maria Isabel Vegana tem muito afeto.”
Ingredientes:
1 xícara de cogumelo funghi seco;
2 colheres de Molho shoyu;
1 pitada Fumaça em Pó ou páprica defumada;
Cominho a gosto;
Sal;
Pimenta do reino;
Azeite ou Óleo;
Uma cebola picada;
1 dente de alho;
Coentro;
Pimenta de cheiro (opcional);
Cebolinha;
2 xícaras de arroz.
Modo de preparo:
- Coloque os cogumelos de molho em um pouco de água morna (reserve);
- Prepare o arroz de forma que fique bem soltinho e (reserve);
- Picar cebola, alho , coentro cebolinha e reserve;
- Retirar os cogumelos da água, espremendo levemente , pique em cubinhos e coloque-os para marinar no shoyu , com o cominho, a fumaça em pó ou páprica defumada. Deixe marinando por uns 10 minutos;
- Em uma panela grande refogue o azeite, alho, cebola, sal e pimenta do reino. Em seguida acrescente a marinada dos cogumelos picados, vai mexendo em fogo médio ou baixo, deixando agregar os sabores;
- Hora de provar e sentir se falta alguma coisa: sal, pimenta e etc;
- Hora de misturar o arroz com o refogado de cogumelos e misturar bem;
- Finalize com coentro, cebolinha e pimenta de cheiro picados;
- Fica muito gostoso acompanhado de molho vinagrete e farofa;
- Hora de encher a pança!!