Oh, criatura
Monstruosa, no meu solo, arraigada
Da clareira em meu íntimo, invasora
E eu – ironicamente! – em prostração
Por mim mesma, do meu nome, destituída
Humilhada e ridícula, encaro a densidade
Do mato úmido que me cerca aqui
Com minha própria ameaça odiosa
O vermelho dos globos fundos acusando
Minha fraqueza óbvia, meu ser delével
Enquanto as garras pungentes avultam
Não para riscar minha pele fina igual papel mofado!
Mas para me apontar o dedo sujo, jocosamente
Rindo como uma gralha, de maneira estridente
Ao passo em que não me resta outra alternativa
Senão cair ao chão, em agonia, uma vez, pois,
Que a grama alta em volta, alimentada e cultivada
Por mim, me aprisionou neste lugar com a minha fera!