A bailarina, professora de dança, coreógrafa, graduanda de Ed. Física, técnica em dança e atual rainha e Maria Bonita da quadrilha junina Luar do São João, Juliana Márcia é natural de Teresina. Ela que começou bem cedo a se apaixonar pelos movimentos da dança hoje acumula experiências tanto em festivais, como em premiações seja como bailarina ou como coreógrafa. Juliana já dançou em diversos grupos como o Vozes da África (1 ano), Grupo Art Dança (10 anos), Cia Plácido Pinheiro Dança de Salão (1 ano) e Grupo Cultural Luar do São João (onde atua há 4 anos). Ela já experimentou estilos variados, passando tanto pela dança popular como contemporânea. E dançou coreografias premiadas como a “Pistas” que venceu a sexta edição do estival de Dança de Teresina na categoria Estilo Livre em 2002. Além disso, no grupo ela participou de espetáculos como o “Teresina Dança” (2003), “Eu Teresino” (2005) e “Opereta da Cidade Amada: Teresina Sol e Luz” (2006). Além de ter composto o elenco de outros trabalhos como o “Musical Palmares” (2011), entre outros.
“A dança é o que eu sou hoje, tanto em termos de conhecimento quanto em relação as amizades que fiz. A dança faz milagre na vida das pessoas, pois ela cura a alma.” Juliana Márcia
Nome Completo: Juliana Márcia dos Santos
Descrição: Bailarina e coreógrafa
Data de Nascimento: 19/09/1987
Local de Nascimento: Teresina
Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley
Encontrando a dança
Juliana Márcia cresceu na zona norte de Teresina e a região tem uma forte ligação com as manifestações culturais, principalmente com a cultura popular. Com oito anos de idade ela já estudava na escola NAICA (Núcleo de Apoio à Criança e ao Adolescente) que dispunha aulas tanto de reforço escolar quanto de argila, capoeira, dança (nesse tempo oferecida pelo Grupo Afro-Cultural Coisa de Nêgo). Ela relembra que fez de tudo um pouco, de artesanato a dança, então ela ingressa no Grupo Vozes da África que era focado no Afro Axé. Um ano depois da experiência Juliana começa a fazer oficina no Teatro do Boi que oferece aulas gratuitas de dança, entre outras aulas de vários seguimentos artísticos para a população.
O encontro com o palco
Aos nove anos de idade Juliana Márcia ingressa no projeto de oficinas de dança do Ciarte do Teatro do Boi no bairro Matadouro e lá ela ingressa no grupo Grupo Art Dança no qual desenvolve um trabalho por dez anos e que se torna a base para a sua formação. O grupo tinha a direção do coreógrafo Francisco Moreno e foi um período que Juliana vivenciou trocas com outros profissionais levados pelo professor para dialogar com o grupo. Foi no Art Dança que a bailarina subiu nos palcos pela primeira vez para apresentar o espetáculo “Divertissiment”. Lá a bailarina experimentou de tudo um pouco e participou da peça “Crispim- O Mito do Cabeça de Cuia” que era uma adaptação da lenda dirigida pelo diretor de teatro Wanden Lima que propôs misturar o teatro e a dança juntando no elenco 145 pessoas (atrizes, atores, bailarinos, bailarinas e membros das várias oficinas oferecidas no espaço. Juliana Márcia coreografou um dos atos do espetáculo intitulado “A loucura” e que acabou sendo contemplado com o 2º lugar no Festival de Dança de Teresina em 2007.
As danças populares
Com o tempo Juliana Márcia foi conhecendo outros espaço e conheceu a Cia Plácido Pinheiro Dança de Salão na qual atuou por um ano, além disso a bailarina conta que sempre esteve envolvida com a dança e em 2003 ela começou a dançar na escola Brasa Samba atuando na comissão de frente e representando a Num-se-Pode. Já a partir de 2006 a bailarina foi convidada para ser a rainha da bateria da escola de samba e em 2010 ela ganha o concurso da Rainha do Carnaval de Teresina e depois (2011) ela se torna mãe. Já na Quadrilha do período junino, Juliana ingressa em 2007 dançado nos grupos do próprio bairro e em 2009 ela vai à Lagoa do Piauí para coreografar no grupo da cidade, só que o trabalho se torna um vínculo maior, pois ela passa a dançar outra vez. Em 2015 Juliana é convidada para fazer parte da Quadrilha Asa Branca para ser rainha e acaba ganhando o concurso de melhor rainha junina no Piauí. No ano seguinte a bailarina deixa o grupo e ingressa na Quadrilha Luar do São João.
“A Luar do São João é a minha segunda casa e a minha segunda família.” Juliana Márcia
A dedicação na dança
Juliana Márcia começou a coreografar quando ainda estava estudando dança no Art Dança com apenas dezessete anos de idade e fazendo coreografias para compor a programação das datas comemorativas do teatro. E entre as experiências que teve com o ato de criação a artista conta que apesar de guardar com carinho na memória todas as suas obras, ela se orgulha muito de ter criado em parceria com os colegas a coreografia de finalização do seu Curso Técnico em Dança que foi intitulado “Gaia”. Entre as coreografias e espetáculos montados pela artista estão: “Que Latomia É Essa?”, “Vestígios”, “Vazio”, “Dançando frevo”, “Maria bonita”, “Cores”, entre outros. A coreógrafa também trabalhou dando aulas em escolas e tem muitos trabalhos desenvolvidos com os seus alunos. Juliana Márcia já foi contemplada com prêmios como “Dançarina revelação no festival de dança” (2003), “Melhor rainha juntinha do Piauí” (2015), “Melhor Maria bonita” (2016 e 2017), entre outros.
Um remédio para alma
Juliana Márcia passou por um processo de aprendizado não só em termos teóricos como na estética dos movimentos que fez a bailarina ir se apropriando gradativamente de técnicas para aprimorar a estética na dança. Essa formação que iniciou na infância é um exercício constante e que nunca tem fim. Dentre os muitos estudos que atravessaram a formação de bailarina ela destaca o estudo do corpo por meio da improvisação. Foi a partir da improvisação que a bailarina foi se aperfeiçoando quando não estava adaptada ao estilo e para sanar a ausência dessa técnica ela investiu muito em ensaios e pesquisas. “A dança é o que eu sou hoje, tanto em termos de conhecimento quanto em relação as amizades que fiz. A dança faz milagre na vida das pessoas, pois ela cura a alma.” As referências de Juliana na dança são tantas que ela costuma dizer que as obras e os profissionais da dança piauiense são suas referências e ajudaram a formar o seu olhar a respeito da arte.
Uma trajetória de conquistas
Juliana Márcia construiu sua vida em torno da dança, desde a infância até a atualidade a bailarina demonstrou para todos como a dança pode ter um carácter transformador modificando não só a sua vida, mas a de todos ao seu redor. Para Juliana, um dos traços mais importantes é ter dedicação e ser obstinado, pois para ela definindo objetivos o artista pode lutar para alcançar o sonho desejado. Depois de projetado o que se quer é mais fácil estabelecer metas e, embora muitas das apresentações tenham surgido sem que ela programasse, foi só pela dedicação que ela permaneceu nos projetos que chegavam até ela. Juliana Márcia participou de muitos projetos na área da dança e está sempre construindo novos caminhos e deixando nesse trajeto muitas alegrias gestadas pela sua criação.
Contatos
Facebook.com/julianamarcia.santos.18
Fotos
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=eB_RAt_QuuA&ab_channel=GrupoCulturalLuardoS%C3%A3oJo%C3%A3o
Espetáculos
Como bailarina
Divertissiment (Francisco Moreno);
Opereta da cidade Amada;
Eu Teresino;
Palmares (Valdemar Santos);
Ela (Valdemar Santos e João Vasconcelos);
Um ou cinco contos (José Nascimento);
Cem ruas (projeto contemplado com o prêmio Klauss Vianna, uma parceria do grupo Art Dança com a OPEQ).
Como coreógrafa
Que latomia é essa? (popular);
Vestígios (jazz);
Vazio (Contemporâneo);
Dançando frevo (popular);
Maria bonita (popular);
Cores (jazz);
Espetáculos escolar;
Que agora infelizmente não lembro os nomes.
Premiações
Bailarina revelação no festival de dança 2003;
Melhor rainha juntinha do Piauí 2015;
Melhor Maria bonita 2016 e 2017;
Melhor conjunto infantil com a coreografia “A loucura do crispim”;
Rainha do carnaval 2010.
Outras fontes
http://www.agendathe.com.br/2011/08/projeto-cem-ruas-danca-de-rua-locais-na.html
Última atualização: 17/08/2020
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