O rock and blues com identidade
Era uma tarde quente do dia 3 de fevereiro de 2009, data do primeiro encontro de músicos que fariam parte da primeira formação da Neanderthais Band.
“A gente se reuniu par ao primeiro ensaio, no Stúdio Arena, no bairro Aeroporto”, comentou Amonrá Nunes, guitarrista e vocal da banda que começou com os parceiros musicais Ezequiel Veloso, Pedro Bem, Luís Wagner e Nego.
No começo a ideia era tocar o som blues rock country que os integrantes tinham como referência, somando com a experiência musical de cada um deles, que desde sempre já tinham com o objetivo tocar suas próprias músicas. E mais: tocar com um perfil exclusivo, que já começa pela voz diferenciada do Ezequiel Veloso, principalmente quando ele alcança notas que, para os cidadãos comuns seria um sonho de consumo.
Os 12 anos da Neanderthais Band foram marcados por diversas apresentações:
Festival de Inverno de Pedro II, projeto Boca da Noite, Salve Rainha, Autoral Rock, Mulera Sun, Grito Rock, Teresina é Pop Teresina Capital do Rock, Salão de Humor do Piauí, Salipi, Piaga Festival, Cultura no Campus (da UFPI), além dos shows em bares de Teresina, Parnaíba, Piripiri, Caxias (MA) , Sobral (CE).
Parar não é um verbo adotado pela criativa Neanderthais Band. Ramon Nunes comenta que ainda quando davam os primeiros passos com a banda, algo de que muito se orgulha é “termos tocado nol Boca da Noite, no The é Pop e Festival de Inverno sem ter que bajular ninguém”, diz. “ A gente odiava essa coisa de panelas prontas bem típico da nossa realidade, ainda mais quando a gente estava no comecinho e precisava sim de oportunidade mas, queríamos esses espaços abertos através do nosso produto: a música”, explicou. Para as primeiras inscrições em festivais fizemos gravações caseiras. “naquela época a gente tinha que se virar com o que era possível”, ressaltou Amon Ra Nunes. O músico comenta sobre uma dessas oportunidades, no Dia Mundial do Rock, “organizado pelo mestre Edvaldo Nascimento”, disse.
Gravações caseiras, oportunidades, festivais, shows. Depois vieram registros de ensaios, no estilo Sessions, algo bem popularizado hoje em dia, que, naquela época serviu de portfólio para apresentar a banda para outros mercados. Assim, surgiu o primeiro álbum da Neanderthais Band.
Em 2019 a banda entrou em estúdio para gravar o EP keepin on . “Tínhamos planos de lançar em 2020, mas fomos pegos de surpresa com a situação de pandemia”, disse Ezequiel Veloso, cantor e instrumentista. O ano passado acabou servindo para que a Neanderthais se concentrasse em produzir mais. Fizeram apresentações em Lives patrocinadas e quando o comercio de entretenimento abriu as portas novamente, lá estavam eles, em casas como Al Caponne Pub, Velho Jack, Maverick, todos na capital piauiense.
Da formação original permanecem Ezequiel e Amonrá. Nos dois últimos anos a banda absorveu o trabalho do baixista Izidio Cunha e do baterista Filipi Sousa. O som autoral, inconfundível é marcado por melodias que não saem do nosso juízo: “ esse é o plano”, disse Filipi Sousa, que fez questão de destacar o momento de sua enteada para a equipe. “Eu sempre admirei a banda e minha vontade era de tocar com eles”, comentou.
Para 2021 eles reforçam a proposta de lançamento do EP que já está no forno. Ainda nesse mês de fevereiro participam do Piaga Festival de Artes Integradas que irá ao ar dia 27. O repertório? Ah, ao estilo Neanderthais: muito rock and blues com pitada de Country, arrebatados pela importância de apresentar música autoral, afinal, quem já escutou é só elogios.