Põe a máscara e vai para a folia,
Na afetação de uns gestos singulares,
Esquecido dos íntimos pesares
Que te atormentam todo santo dia …
Homem doente, perdido nesses mares
Tenebrosos da dúvida sombria,
Vê que há lá fora um frêmito de orgia,
Mesmo através das coisas mais vulgares!
Põe-te a cantar, desabaladamente!
Vai para a rua aos trambolhões, às tontas,
Como se enlouquecesse de repente …
Agarra-te à alegria passageira:
Olha que o que te espera, ao fim de contas,
É o triste Carnaval da vida inteira …