Júnior Marks é natural de Fortaleza-CE, mas radicado em Timon-MA desde a infância, formado em Licenciatura Plena em Letras Português, pela Universidade Estadual do Piauí, especialista em Práticas Culturais, Estudos Linguísticos e Literários e Docência para Educação Profissional. Atua no teatro desde 1997 circulando entre as cidades de Timon-MA, Teresina-PI e Fortaleza-CE. Júnior Marks é o fundador e diretor do Grupo Humanitas de Teatro, mas também atua na Truá Cia de Espetáculos. Já participou de inúmeras peças ao longo da sua carreira, tais como: “O Auto do Debate” (1997), “O Fantasminha” (2000), “A Batalha do Jenipapo”, “17 Minutos Antes de Você” (2009), “As Sete Irmãs” (2016), “Ardor Amor” (2017), entre outros. Além disso, Júnior acumula indicações e premiações dos diversos festivais por onde passou, destaca-se o Prêmio de Melhor Ator, no I Festival de Teatro, em Horizonte-CE.
“Eu não vivo mais sem fazer teatro, até a minha casa já tem espaços reservados para o teatro (cenários e figurinos). É um caminho sem volta.” Júnior Marks
Nome Completo: Francisco José de Sousa Marques Júnior
Descrição: Ator
Data de Nascimento: 06/08
Local de Nascimento: Fortaleza-CE
Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley
Conhecendo as artes
Júnior Marks morou em Fortaleza-CE até os seis anos de idade. Depois do falecimento da mãe, ele se mudou para Timon-MA para morar com a avó. Na casa dos pais, ele relembra que adorava escutar as músicas da Xuxa e quando chegou na casa da avó encontrou nos livros um refúgio. Segundo o artista, foi por meio da literatura que ele conheceu as artes. A primeira obra com que ele teve contato foi “Zezinho, o dono da porquinha preta”. Ao longo da infância, Júnior foi demonstrando a sua aptidão para as encenações escolares e já começou a se envolver com a organização dos eventos culturais. Dessa forma, sem se dar conta, Júnior Marks começava a buscar atividades artísticas dentro dos espaços que frequentava.
Conhecendo o teatro
Júnior Marks conheceu o teatro por meio de uma oficina, durante a sua adolescência, no período do seu ensino médio. Nesse tempo, ele estudava em Teresina e soube de uma oficina de teatro ofertada pela Casa da Cultura de Teresina com o diretor Wanden Lima. Nessa mesma oficina de teatro, estava Eraldo Maia, seu professor de Língua Portuguesa, que no futuro dirigiria “17 minutos antes de você”. Júnior Marks relembra que na maioria das vezes ia para a Casa da Cultura a pé, saía da sua casa, em Timon-MA, e atravessava a ponte, tudo para conhecer mais sobre o teatro. Às vezes, passava o dia sem comer só para economizar as passagens. Todo aquele esforço desprendido pelo estudante foi o mote inicial para que ele quisesse trazer o teatro para mais perto de si e, aliado ao desejo de trilhar o seu caminho, Júnior decide criar o próprio grupo de teatro.
Plantando a semente do Humanitas
Júnior Marks é o idealizador do Grupo Humanitas de Teatro que foi intitulado com base na obra “Quincas Borba”, de Machado de Assis. O ator quis desenvolver um trabalho em Timon, sem precisar transitar para Teresina sempre que quisesse fazer teatro e, como não conhecia mais grupos na cidade, fundou a sua própria trupe. Júnior juntou alguns jovens da igreja e começou a montar peças teatrais, inclusive aplicando os conhecimentos aprendidos durante as oficinas de teatro. Graças à experiência, conheceu outros diretores de teatro, como Roger Ribeiro e Carlos B., e conseguiu conquistar o público local e o carinho dos colegas das artes já nas primeiras encenações. O grupo passou a ocupar o cenário artístico de Timon, assim como das cidades adjacentes e desde então já são quase duas décadas produzindo. Além das participações nos grandes festivais nacionais e internacionais, que renderam inúmeros prêmios de melhor ator, melhor espetáculo, melhor ator coadjuvante, dentre outros, o grupo cumpre um importante papel de movimentação da cultura timonense tanto por meios das apresentações teatrais, ocupações artísticas, quanto por meio das suas oficinas de formação. O Humanitas – grupo de teatro é responsável pelo “Encontro dos artistas timonenses”, “Paixão de Cristo de Timon” e o “Auto de Natal timonense”.
“O teatro pra mim representa tudo.” Júnior Marks
Arte como profissão
Desde muito cedo, Júnior Marks foi envolvido com produções, não é por menos que ele acabou se tornando um agitador cultural do próprio trabalho e um empreendedor na arte de divulgação e vendas. O artista compreende que a arte, além de alimentar as paixões dos artistas, deve nutrir financeiramente o profissional. Dessa forma, ele é um dos defensores da arte como profissão. Por isso, por compreender a responsabilidade do seu trabalho, Júnior investe em cada obra com muito cuidado. Toda essa forma de trabalhar nasceu de tentar criar meios para diminuir as dificuldades dos integrantes do próprio grupo em ter acesso aos ensaios. Assim, Júnior percebeu que era necessário dar condições aos atores para desenvolver um trabalho contínuo. Com esse intuito de discutir a própria produção artística, foi que surgiu o Encontro dos Artistas Timonenses, organizado pelo ator e que tinha o objetivo de refletir sobre a arte produzida tanto na cidade quanto nos outros lugares do Brasil. “A organização administrativa do artista é necessária, é importante para administrar uma carreira, pois a arte acaba se tornando o produto do artista”, frisa Júnior Marks.
A apresentação é soberana
Para Júnior Marks, que vive o teatro desde a adolescência, a apresentação é o momento de mostrar para o público o trabalho do artista. Dessa forma, serve também como um cartão de visita para o público e, por isso, deve ser respeitada e nada deve se sobrepor àquele momento. Como ator, Júnior conta que sempre procura respeitar o trabalho da direção, mesmo que o seu lado diretor fique querendo emergir, pois é preciso respeitar a criação do diretor. Além disso, o ator investe bastante no seu repertório vocal para apresentar, sempre que possível, uma personagem diferente das anteriores. E o seu processo criativo tem como base as provocações apresentadas pelo texto. Ele encontra nas entrelinhas os elementos que ajudam a balizar a sua construção. Para o artista, o feedback é fundamental, afinal, o trabalho é feito para o público e é importante saber como o este está recebendo o trabalho. Nessa escuta, conselhos de colegas de trabalho ajudam a guiar alguns elementos da cena quando o ator está no palco. Para isso, ele conta que sempre procura escutar alguns colegas, como Vitorino Rodrigues.
Teatro como propósito de vida
Segundo Júnior Marks, o teatro é uma oportunidade de se tornar alguém melhor, pois o artista de teatro é um dos poucos profissionais que pode vivenciar estar em outras peles, experenciar um universo de situações e sensações que o engrandece como ser humano, ajudando a ter empatia pelo diferente. “No Soldado e a florista e no Amor é assim e não assado, eu tenho revivido tantas histórias, tanta gente chega para mim dizendo que eu revivi a história delas. Tudo que eu tenho tentado fazer é buscar ser alguém melhor para tornar alguém melhor para as pessoas.” Para o artista, o seu maior propósito é tornar o mundo melhor para os indivíduos e levar o teatro para o maior número possível de pessoas para sensibilizar o público. Júnior Marks é um dos nomes mais atuantes na arte de Timon e Teresina, está constantemente apresentando, sensibilizando o seu público e se tornando uma referência no cenário artístico.
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Espetáculos
O auto do debate (1997);
Pluft, o fantasminha (2000);
Meu último amor acabou antes de ontem (2003);
Se meu ponto G falasse (2004);
Sete Pecados (2005);
O chapeuzinho vermelho (2006);
17 minutos antes de você (2009);
Paixão de Cristo (2001 a 2014);
As sete irmãs (2016);
Ardor Amor (2017);
Natal de Pedrina (2017).
Outras fontes
Última atualização: 16/09/2019
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