Sabrina Almeida, mais conhecida como Brisa, é natural de São Paulo, mas radicada desde a infância em Parnaíba. Ela cresceu na cidade litorânea e se considera uma parnaibana de coração, afinal foi o local onde construiu os seus laços e todo seu arcabouço cultural. A estudante com apenas dezoito anos de idade já tem uma vivência intensa no cenário musical e compõe a banda “Ultrópico Solar” cuja parceria gestou o CD intitulado de “Porto Fantasma” (2019). Brisa já participou de festivais como Festival de Inverno de Pedro II, Festivais do Sesc de Parnaíba, entre outros. “Eu amo a música, eu amo como ela se forma, como ela se compõe e como ela impacta as pessoas.”
“Eu amo a música, eu amo como ela se forma, como ela se compõe e como ela impacta as pessoas.” Brisa
Nome Completo: Sabrina Almeida Silva
Descrição: Cantora e compositora
Data de Nascimento: 24/12/2000
Local de Nascimento: São Paulo
Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley
Uma infância com boas referências
Brisa cresceu abastecida com muita arte. Vinda de uma família cujos patriarcas eram músicos, a cantora e compositora sempre esteve envolvida pelas influências dos gostos musicais do avô, dos tios e do pai, que tocavam vários instrumentos, além de vivenciarem a música constantemente. Segundo a artista, essas influências impactaram a sua infância. Além disso, ela rememora o esforço paterno em tentar aprender e dominar os diversos instrumentos musicais. Brisa relata que essas experiências foram importantes, inclusive, para que ela conhecesse um dos estilos que conservou. Por meio de seu pai, ela conheceu a MPB, fato que contribuiu para a sua forma de compor. O interesse pela música fez com que a artista ganhasse do pai um violão. Posteriormente, o pai a matriculou nas aulas de música. Brisa começou a estudar o violão popular com onze anos de idade e, com quatorze anos, ela já estava tocando o instrumento.
Dos saraus para os palcos
Brisa começou bem cedo a estudar música e mesmo tendo uma família ligada à tradição musical ela só foi se interessar mesmo pela arte aos quinze anos de idade quando conheceu o universo poético dos saraus na universidade. Os momentos aleatórios, descontraídos e de entretenimento que eram esporádicos começaram a ficar mais frequentes. E foi em um desses momentos que Brisa conheceu um dos artistas da banda Ultrópico Solar, Daniel Filipe, foi quando ela recebeu o convite para fazer parte da banda e se integrou ao coletivo artístico. “Foi a partir do momento que eu comecei a escutar músicas brasileiras que me veio o interesse de tocar e aprender”, diz a artista. Os palcos abertos dos saraus serviram como uma plataforma para que Brisa surgisse como cantora no cenário musical, nesses espaços ela também criou conexões com diversos artistas, teve as suas primeiras experiências de apresentações e os primeiros feedbacks.
Inspirações e processo criativo
A música é capaz de transformar as pessoas e de emocioná-las de forma inexplicável. Considerando esse poder transformador, Brisa diz que não consegue ficar um dia sem estar entrelaçada à arte. “Coisas podem acontecer através de uma música”, afirma. Assumidamente ativista, a artista conta que seu processo criativo é bem espontâneo, podendo acontecer em qualquer lugar ou momento; quando menos espera, a compositora é atravessada pelo ritmo, melodia e pela música. Dessa forma, para ter o maior grau de variabilidade entre as características das suas obras, ela tem muito zelo pela criação, deixando que o processo ocorra em momentos mais tranquilos e espaçados para não criar compulsivamente. Segundo Brisa, composições feitas de modo compulsivo podem ficar semelhantes. Assim, ela considera importante respeitar o seu próprio tempo entre as criações.
“Eu amo a música, ela está sempre presente na minha vida” Brisa
Ultrópico Solar
A banda “Ultrópico Solar” surgiu de um projeto artístico de diversas áreas. O coletivo foi se aglutinando graças às manifestações artísticas que aconteciam no Porto das Barcas, na cidade de Parnaíba. Do “Domingo no Porto”, que reunia diversos grupos e artistas, nasceu o que viria a ser o coletivo “Ultrópico Solar”. O grupo, que já tem dois trabalhos produzidos e disponíveis no YouTube – o Ultrópico Solar (2o16) e Ultrópico Solar dois (2017) –, além do álbum “Porto Fantasma” (2019), foi fundado por Daniel Filipe, Savina Alves e Levi Nunes, e é formado por inúmeros artistas que vêm contribuindo desde o surgimento do coletivo, alguns dos quais também produziram ou estão produzindo os seus discos solos. Segundo a cantora, a sua entrada no grupo deu mais certeza de continuar no caminho da música, pois foi na banda que ela gravou a sua primeira música e vivenciou experiências incríveis.
Dialogando com o público
As músicas de Brisa tiveram ótima recepção depois de postadas no YouTube e os feedback que a cantora e compositora teve foram ajudando-a lapidar cada composição. Brisa considera essencial expor a criação, pois somente a partir desse momento é que o artista poderá compreender o impacto que a sua arte tem no público. Ela comenta que a Ultrópico Solar foi primordial para o seu amadurecimento como cantora, pois foi a sua base e plataforma inicial. Além disso, foi no grupo que ela recebeu as suas primeiras dicas e direcionamentos sobre o canto. E esse processo de autoavaliação é o que mais a ajuda afunilar o conhecimento na área, segundo a artista.
A música como um instrumento
A música é um instrumento de expressão dos sentimentos, uma forma espontânea de criar melodias e composições ressignificando o mundo, o artista e o público, a música transforma. Brisa, apesar de ser nova, tem uma vivência bem intensa na área musical. Ela é uma das vozes da nova geração que tem se destacado no cenário musical piauiense e se orgulha de, ao longo da carreira, ter aprendido muito com diversos artistas. Brisa é autodidata e começou mostrando seus trabalhos nas plataformas digitais e saraus, dessa forma a artista demostra que é possível seguir um sonho, não importa quantas barreiras apareçam, basta ter garra. E se torna uma referência para os novos artistas e apaixonados pela música autoral piauiense.
Contatos
E-mail: sabrisei.avlis@gmail.com
Fotos
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=o1squmt43F0
Disco
Gira vida tempo (Cami Rabêlo) – participação (2018);
“Porto Fantasma” (2019);
“Petricor” (2019);
Tempo Inflamado (Daniel Filipe) – participação (2019);
Caí da terra plana (Nevi Lunes) – participação (2019).
Outras fontes
Última atualização: 17/06/2019
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