Roberto Freitas, um dos grandes representantes da Dança piauiense.

O bailarino, coreógrafo e professor Roberto Freitas é natural de Teresina, formado em Educação Física pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestre em Artes Cênicas pela UnB, especialista em Metodologia de Ensino Fundamental, Médio e Superior pela FAESPI. Roberto Freitas já integrou grupos de destaque na cidade como Balé Popular do Piauí, Escola de Dança do Estado do Piauí e Balé da Cidade de Teresina. Como bailarino, Roberto Freitas chegou a ser destaque no Festival Internacional de Joinville (1999) e como melhor grupo (2000) no mesmo festival. Já foi diretor do Balé da Cidade de Teresina (2005-2008 e 2011-2014), coordenador Artístico da Escola Estadual de Dança Lenir Argento (2008-2009) é arte-educador na Escola Municipal Porfírio Cordão desde 2005. Autor dos livros “Arte, Educação e Inclusão – 10 anos de Cordão Grupo de Dança” (2018) e da obra “OUSADIA – vinte anos de história do Balé da Cidade de Teresina” (2014).

“A dança representa vida, pois eu defendo essa ideia de que todo mundo dança”, Roberto Freitas.

Nome Completo: Francisco Roberto de Freitas

Descrição: Bailarino e coreógrafo

Data de Nascimento: 04/10/1973

Local de Nascimento: Teresina

Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley

A inquietude corporal na infância

“A partir de, aproximadamente, 10 anos de idade uma inquietude corporal impulsionou-me a tomar parte em toda atividade desportiva e artística que me era apresentada, tais como: futebol, voleibol, ginástica, natação, dança e teatro, dentre outras. Mesmo tendo participado de algumas atividades práticas de dança àquela época, considero que comecei realmente a estudar dança a partir de meus 17 anos, no segundo semestre de 1990, quando, através de teste seletivo, ingressei no grupo Balé Popular do Piauí – BPP”, descreve Roberto Freitas. O bailarino participou do primeiro festival aos 11 anos de idade em Belém-PA. Nesse período o cinema serviu como referência artística que inspirava o artista que ficava fascinado pelas coreografias exibidas nos filmes.

O investimento na dança

Roberto Freitas iniciou suas pesquisas na dança a partir dos 17 anos de idade em 1990, quando conheceu o Balé Popular do Piauí, posteriormente ingressou na Escola de Dança do Estado do Piauí (1991) e no grupo Vício de Dança (1991 e 1992), mais tarde, Roberto Freitas, a convite de Sidh Ribeiro, se integrou ao Balé da Cidade de Teresina (1993). O bailarino frisa como as experiências ajudaram na construção dos seus conhecimentos, pois enquanto na Escola de Dança do Estado do Piauí ele começou a estudar as técnicas clássicas, no Balé Popular do Piauí e no grupo da Escola Técnica Federal do Piauí ele começou a desenvolver o pensamento eclético que, segundo o próprio bailarino, conserva consigo até hoje e faz isso por meio de aulas de gêneros de dança diferentes tais como: folclore, jazz dance, dança moderna e pesquisas ligadas a um pensamento de dança contemporânea, como apresentada a ele nessa percurso, dentre outras linguagens que foram chegando e somando-se àquela da formação inicial. No grupo Vício de Dança que era coordenado pelo coreógrafo cearense Waldemar Queiroz, com forte influência do trabalho de Victor Navarro, Roberto aprendeu diferentes e atrativas formas de se mover. E essa vivência proporcionou uma aceleração no aprendizado técnico-interpretativo uma vez que, dentre outras, o grupo era muito requisitado para apresentações. E no Balé da Cidade de Teresina ele conta que teve contato com a dança produzida no Brasil e no mundo.

Intercâmbio cultural

Roberto Freitas é um artista que sempre está buscando novos conhecimentos, por isso, ele enveredou por diversas artes como o teatro, canto, violino, entre outros cursos. O bailarino começou a ministrar aulas de dança em 1994 para crianças tanto em Teresina quanto em cidades adjacentes do Piauí e Maranhão. Com o tempo, Roberto Freitas foi construindo uma rede de diálogos conquistados com o intercâmbio de informações proporcionados pelas viagens. Experiências que lhe garantiram prêmios importantes como o de bailarino destaque (1999) e melhor grupo (2000), no Festival Internacional de Joinville, premiação que o ajudou a perceber que seu caminho estava na dança. Roberto Freitas conta que participou de cursos e oficinas que influenciaram a sua forma de se relacionar com as artes, reforçando um pensamento de profissionalismo, tanto enquanto bailarino como com a crescente vontade de participar dos outros fazeres da dança como coreógrafo, professor, coordenador de grupo, etc. Além da rica experiência com os professores das escolas por onde passou, Roberto conta que aprendeu muito com os mestres e mestras que conheceu nesse intercâmbio artístico e cultural, tais como: Tatiana Leskova, Fernando Fabri, Angela Nolf, Tony Abbot, Jair de Morais, Hugo Travers, Valeria Mattos, Toshie Kobayashi, Mirian Druwe, Roseli Rodrigues, Mario Nascimento, Marcelo Evelin, Helda Seró, Gylian Dib (Pilates), Monica Minelli, Steven Harper, dentre outros(as).

“Todos esses conhecimentos juntos reforça o respeito à arte da dança no Piauí, pois à medida que isso cria rizoma, que é uma teia de conexões que se espalha, isso vai crescendo e dando margem a outras coisas que vão surgindo”, comenta Roberto

A formação de um corpo-cidadão

Roberto Freitas graduou-se em Licenciatura Plena em Educação Física, pois era o curso que, segundo o bailarino, mais se aproximava da dança. E foi graças ao curso que ele construiu a sua base teórica que o ajudaria tanto na arte quanto na docência. Em 1998, Roberto Freitas começa a trabalhar como professor substituto na UFPI, experiência que dura dois anos. Posteriormente Roberto ingressa na Rede Pública Municipal de Ensino de Teresina professor de dança, enquanto educação física escolar. E a turma do ano de 2005 se transformou no grupo Cordão Grupo de Dança. Roberto Freitas, publica a obra “Ousadia – 20 anos de história do Balé da Cidade de Teresina” (2014) e a publicação marca a sua saída do grupo Balé da Cidade de Teresina. Depois disso o professor e bailarino passa a se dedicar mais ao Cordão Grupo de Dança, coordenando projetos como Estação Cordão de Cultura (2014). A experiência com o grupo, que já dura mais de dez anos e que trouxeram conquistas como cinquenta e dois prêmios em festivais de dança tanto no Brasil como no mundo, gerou a obra “Arte, Educação e Inclusão – 10 anos de Cordão Grupo de Dança (2018)”.

As questões do artista

Roberto Freitas sempre teve um método bem construído, muito organizado e sempre esteve preocupado em esquematizar e estruturar todas as suas atividades, tendo o cuidado de registrar os seus projetos. Essa organização o acompanhou durante a vida e ele levou para a arte e para a docência. E além de ser um pesquisador na dança, Roberto Freitas tornou-se um educador preocupado em construir em sala de aula um ambiente provocador, desafiador e demonstrando como a arte pode ser percebida e analisada por meio da ciência. “Todos esses conhecimentos juntos reforça o respeito à arte da dança no Piauí, pois à medida que isso cria rizoma, que é uma teia de conexões que se espalha, isso vai crescendo e dando margem a outras coisas que vão surgindo”, comenta Roberto. Uma dos temas que mais inspiram o artista é abordar as relações entre pessoas, provocando e tentando despertar inclusive o sentimento de autoafirmação, pois para o artista é muito importante que cada um se aceite como realmente é.

Contatos

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Tel: 86 999822524

E-mail: robertofreitas04@gmail.com

Fotos

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Vídeo

 Obras

“Arte, Educação e Inclusão – 10 anos de Cordão Grupo de Dança” (2018);

“OUSADIA – vinte anos de história do Balé da Cidade de Teresina” (2014).

Outras fontes

https://folhapiaui.com.br/2019/04/02/roberto-freitas-lancara-livro-sobre-arte-educacao-e-inclusao-em-brasilia/

Última atualização: 22/04/2019

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