Carlos Vinícius, mais conhecido no mundo do circo como Palhaço Sardinha, é natural de Teresina e um dos principais nomes da palhaçaria no Piauí. O artista tem uma história bem intensa no mundo das artes. Já participou de diversos festivais de circo, tais como: o de Recife, o Festival de circo do Brasil, Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo (2006). Sua primeira formação na área foi a Formação de Educadores de Circo social organizada pela Rede de Circo do Brasil e pela rede Cirque du Soleil. Além disso, Carlos Vinícius participou, em 2007, do Primeiro Colóquio de Cama Elástica de Educadores de Circo Social do Nordeste, em Juazeiro do Norte e Caririaçu. O palhaço participou da Terceira Convenção Cearense de Circo, em Aquiraz, na qual conquistou dois prêmios: um com equilíbrio de claves e outro com pentaclown. Vale destacar também a sua participação na Convenção Capanga de Circo em Brasília (onde conquistou o primeiro lugar de vôlei de claves), além da Expedição Acrobatas Da Serra Da Capivara. A paixão pelo circo é vivenciada diariamente, pois Carlos Vinícius fez da arte a sua profissão.
“O circo é como uma mãe. A gente respira circo. Nele temos alegria, família e o nosso trabalho.” Carlos Vinicius
Nome Completo: Carlos Vinícius de Sousa Rodrigues
Descrição: Palhaço Sardinha
Data de Nascimento: 27/02/1988
Local de Nascimento: Teresina
Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley
Desde sempre artista
Carlos Vinícius cresceu entre artistas, atravessado pelas artes. Ele é filho do cantor e compositor José Rodrigues, autor da música “Teresina”, uma das mais conhecidas homenagens musicais feitas para a cidade. Dessa forma, ele cresceu sendo alimentado com várias referências musicais e, além da música, já nutria uma paixão pelo circo. Além das lembranças sobre o meio musical, Carlos descreve como sempre teve um fascínio pelo circo. Já aos sete anos de idade, ele já havia participado do programa de tv “Teleleco”. Carlos Vinícius começou a ter contato com o Projeto Pé de Moleque, focado na educação de crianças de baixa renda, que, segundo Carlos, oferecia atividades como música, dança, teatro de bonecos, circo, etc. Ele começou com as aulas de percussão no projeto e, na ocasião em que aconteceu o rodízio de oficinas, foi quando Carlos conheceu o circo e experimentou pela primeira vez a arte circense. Foi nesse período que ele fez a sua primeira apresentação tanto circense quanto musical.
A música e o circo
Descendente de músico, Carlos Vinícius começou a sua carreira artística no meio musical, mas buscando o seu próprio caminho. Ele aprendeu xilofone, vibrafone e flauta doce. Tudo isso foi sendo explorado ainda na infância até que o artista ingressou no curso de musicalização. Nesse período, motivados pela professora Nídia, criaram o grupo Estrela de Luz que juntou os irmãos Carlos Vinicius e Ravel Rodrigues, além do músico Tales. O grupo chegou a ganhar o FESTIMON que era um festival de música sediado em Timon-MA surpreendendo o público, pois os demais concorrentes eram todos adultos. Posteriormente, com quinze anos de idade, Carlos começa a estudar flauta transversal com o seu pai que ministrava aula na escola de música. E com essa trajetória o artista continuou se expandindo no meio musical conquistando diversos prêmios no Chapadão.
Imersão no circo
Carlos Vinícius mergulhou no universo circense por meio do o Projeto Pé de Moleque e migrou da percussão para os malabares, perna de pau, entre outros. Posteriormente, por volta dos dezessete anos, o artista decidiu enveredar para as artes circenses. Depois disso, Carlos Vinícius não parou mais, começou a participar dos festivais de circo e logo na primeira experiência com festivais o artista já começou ministrando aulas. Nessas idas e vindas, ele chegou ao Festival de Circo do Brasil, quando conheceu os argentinos e teve sua primeira aula com o Palhaço Tomate, entre outros profissionais de destaque da América Latina. A magia do circo fisgou completamente Carlos Vinícius, que se tornou um interessado pelos eventos circenses, assim como pelos assuntos relacionados à área. Em 2007, foi o momento que Carlos participou da primeira convenção e onde absorveu muitos conhecimentos: “O evento durava quatro dias e eu saí daqui fazendo três bolas, quando voltei de lá já estava fazendo cinco. Lá, aprendi muito com a Dani Siqueira, uma das maiores malabaristas do Brasil”.
“O palhaço representa a liberdade e a felicidade.” Carlos Vinícius
Lona e rua
Os desafios do artista circense são constantes e, muitas vezes, é uma profissão pouco valorizada, mas que é requisitada constantemente nos diversos seguimentos da sociedade. A atuação do palhaço ultrapassa os palcos, quebra a quarta parede social, ocupa as ruas e os hospitais. O palhaço pode assumir formas ou estilos variados, dependendo da linha de pesquisa do profissional. Para Carlos Vinícius, essa profissão tem seus percalços como todas as profissões, mas nutre de diversas maneiras o artista. “O palhaço representa a liberdade e a felicidade”, pontua Carlos Vinícius. A rua revela a cidade, o fluxo da sociedade, e Carlos Vinícius é um dos exemplos de artistas apaixonados pela própria arte. Ele descobriu, aos poucos, como atuar e trabalhar na rua, já que, segundo o artista, é um ambiente que exige uma performance diferenciada, mas que enriquece o artista com as múltiplas experiências proporcionadas pela arte.
Sardinha, o menino da comunidade
“Uma vez, o Alfredo, palhaço Sabugo, um dos primeiros palhaços daqui, me chamou de Sardinha, o menino da comunidade, e eu fiquei pensando nisso de parecer um menino da comunidade misturado com os meninos ricos”, brinca Carlos Vinícius. Para o artista, sua performance na cena é fruto de todas as suas vivências na cidade e ele usa referências de pontos turísticos e lugares da cidade nas suas brincadeiras, mas tudo é inserido de forma espontânea. Carlos Vinícius construiu os figurinos do Palhaço Sardinha pensando em inovar e ter um estilo próprio, mas tudo sempre surge de forma aleatória, sendo usados mais em eventos. Carlos se inspira em coisas simples, do dia a dia e conta que a paternidade também o ajudou a compor o Palhaço Sardinha de hoje, pois ele tirou muitos trejeitos e brincadeiras observando o seu próprio filho. “O circo é como uma mãe. A gente respira circo. Nele, temos alegria, família e o nosso trabalho.”
A paixão transmitida no olhar
Carlos Vinícius é um verdadeiro pesquisador apaixonado pelha profissão. A rua, para o artista, representa não só um local de trabalho, mas também um lugar de aperfeiçoamento e de treino. A rua surpreendeu o próprio artista, sua arte é a base de sustento da família que vivencia a arte circense diariamente. Para Carlos Vinícius, outros profissionais que também trabalham na rua precisam de reconhecimento, pois é uma profissão que exige muito do profissional. A beleza dos movimentos esconde uma prática de treinamento intensivo e muita dedicação, afinal, o domínio requer muita disciplina, paciência e autocontrole. Carlos Vinícius vivenciou muitas experiências pelo Brasil a fora, sempre muito simpático e com uma simplicidade que reverbera e que é traduzida no seu Palhaço Sardinha, o menino da comunidade foi conquistando o público por onde passou. O Palhaço Sardinha é uma das referências na palhaçaria brasileira e um dos orgulhos para os piauienses.
Contatos
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Instagram.com/@carlosviniciussr
Tel: (86) 9 9547 2268/ (86) 9 8166 8155
Fotos
Vídeo
Outras fontes
http://100porcentopiaui.com.br/cotidiano/a-vivencia-da-palhacaria-no-piaui-e-tema-do-encontro-de-2a/
Última atualização: 25/03/2019
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