Chico Rasta: Ser natureza, ser bicho, ser fotógrafo

O parnaibano Chico Rasta é fotógrafo, profissional membro da associação dos fotógrafos de natureza – AFNATURA, diretor de vídeo publicitário e documental, jornalista baseado em Parnaíba, litoral do Piauí. Especialista em capturas de natureza, time lapse, esportes, aventura, áreas, publicidade, fotojornalismo, documental, street, macro, astrofotografia, book, moda, still musical e cinematográfico. Co-autor da exposição “Tesouros da Baía de Guanabara” realizado pelo Projeto Uçá e ICMBio em comemoração 10 anos da Estação Ecológica da Guanabara – RJ. Co-autor do livro “Expedição Piauí – O Sol do Equador”, juntamente com fotógrafo pernambucano, Luiz Netto. Co-autor da exposição “Coleção Eco-Expedições” juntamente com o fotógrafo holandês Bart van Dorp e pernambucano Luiz Netto. Autor da exposição “Pesca Solidária” que registra a pesca artesanal realizada pela comunidade ribeirinha no estuário dos rios Timonha e Ubatuba (PI) e (CE). Chico Rasta já teve fotografia vencedora de prêmios como o concurso “Sua Foto” de 2015, fez o Still da apresentação do cantor Lenine no Circuito Sesc-CE em 2014 e da minissérie Milagres de Jesus da TV Record em 2013.

“Ver a nascente do Rio Parnaíba me fez entender que pra ser grande você precisa ser pequeno.” Chico Rasta

Nome Completo: Francisco das Chagas Machado Brandão

Descrição: Fotógrafo e jornalista

Data de Nascimento: 21/05/1982

Local de Nascimento: Parnaíba-PI

Escrito por: Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley

Rompendo as barreiras

Chico Rasta não veio de uma família com a veia artística muito forte, pois a prioridade maior era dada para o universo acadêmico, de tal forma que o que ele consumia de arte chegou por outras vias. Filho de pais humildes, o fotógrafo conta que os seus pais sempre priorizaram mais os estudos, pois sempre acreditaram no poder da educação. Dessa forma os livros e filmes que chegavam ao seu conhecimento vinham por meio dos colegas. Ele conta que foi furando o bloqueio e as barreiras que o apartava da arte e essa obstinada vontade de conhecer, aliada à curiosidade foi criando os seus caminhos em direção à arte, além das amizades adquiridas nesse trajeto. Chico Rasta rememora ainda que seu pai tinha uma máquina fotográfica e que aquele equipamento já despertava sua curiosidade desde a infância. Musicalmente ele passou a escutar Rap. E a sua grande referência na literatura foi Augustos dos Anjos que nutriu o início da sua adolescência com os seus sonetos densos e que chamava a sua atenção, além de misturar a linguagem poética à científica.

Primeiras experiências artísticas

Chico sempre foi muito precoce e curioso, era um adolescente ávido por conhecimento. Ele conta que começou a sair escondido para observar o colega Edvan França trabalhar no laboratório de fotografia, foi quando surgiu a oportunidade de participar de um concurso de fotografias de Parnaíba, mas voltado apenas para fotógrafos profissionais. O requisito não foi impedimento para Chico Rasta, que pediu para o amigo deixá-lo participar usando a assinatura do colega. E, para a surpresa deles, as fotos tiradas pelos dois foram selecionadas, o que motivou o jovem fotógrafo. “Ter a maioria das fotos selecionadas nesse concurso foi muito curioso porque eu tinha paixão, mas não tinha nada de técnica e a máquina era emprestada”, conta.

A inserção no mundo da locução

“A rádio era um encanto, aquele negócio da voz, de você imaginar quem está do outro lado”, diz Chico Rasta. A magia da comunicação encantou o jovem, que começou a conhecer os segredos da área com apenas quinze anos. Ele conta que começou na rádio em uma época que a internet e sites não eram populares, cujo poder de propagação das informações era mais forte pelas rádios. A entrada no mercado de trabalho como radialista aconteceu pelo seu contato com a pastoral da juventude, foi no período que as rádios comunitárias e movimentos populares cresceram e começaram a se popularizar. Nesse mesmo período, o jovem radialista, junto com os colegas, fundou o Movimento de Consciência Negra de Parnaíba e o grupo começou a ter um intercâmbio maior com Teresina. As mensagens eram trocadas por cartas e, posteriormente, as rádios comunitárias abriram espaço para o grupo, e Chico Rasta foi escolhido para fazer a locução do programa. Assim, não tardou muito para que a direção da Rádio Geração FM o convidasse para participar do grupo de locução da emissora. Para Chico, trabalhar na locução era algo prazeroso, mesmo antes de ele entender como funcionava a parte técnica da transmissão da mensagem, de como a sua voz chegava até as pessoas, conhecimento que foi adquirido com o tempo.

“Eu imagino a fotografia como uma janela para pessoas que não tiveram a mesma oportunidade e sorte de ver aquele momento.” Chico Rasta

Experimentando o telejornalismo

A criatividade e curiosidade são essenciais para qualquer artista, principalmente a teimosia e obstinação para realizar alguns projetos. Essas características marcam a vida de Chico Rasta. O artista vivenciou algumas experiências em rádios antes de chegar na Rádio Delta, que foi a porta de entrada para a TV Delta, pois a emissora foi a primeira a chegar na cidade de Parnaíba e construiu também a sua própria rádio. Segundo o jornalista, era comum que os funcionários da rádio ajudassem também na TV. Com a contratação, tanto Chico Rasta quanto os demais colegas, começaram a ajudar na construção da emissora. Dessa forma, todos aprenderam, juntos, as nuances por trás de um programa de TV. Chico Rasta começou atuando como repórter e, depois, passou a fazer matérias televisivas. Assim, começou a entender como funcionava os telejornais. Chegou a apresentar programas como “Agudos e Graves”, cujo foco era o cenário musical autoral parnaibano. Posteriormente, ele começa a atuar mais no jornalismo, como redator de jornal e apresentador, até se tornar o editor-chefe nessa trajetória que começou no ano 2000 e durou dez anos. A vivência no ambiente televisivo serviu como aprendizado e, segundo o jornalista, foi uma grande escola, pois foi lá que ele experimentou de tudo um pouco aprendendo de modo artesanal como funciona a comunicação.

A amplitude da comunicação

“Eu vejo a comunicação de uma forma abrangente, eu não vejo a fotografia e ponto. Eu vejo a fotografia e a música, a música e o vídeo, o vídeo e pintura, a pintura e o grafite, etc.”, frisa Chico Rasta. A experiência trabalhando na TV fez o jornalista enveredar para o audiovisual, afinal, ele aproveitava as oportunidades que tinha para brincar e experimentar os ângulos que a câmera dos cinegrafistas lhe permitia filmar. Nesse período, as câmeras fotográficas receberam a função de filmar, despertando a curiosidade e chamando a atenção dos interessados pelos novos equipamentos, como Chico. Esse entrelaçamento de tecnologias começou a aproximá-lo da fotografia. E os trabalhos com as expedições fotográficas fizeram com que ele fosse chamado para fazer a pesquisa de locação da minissérie “Milagres de Jesus”, exibida pela emissora Record, experiência que trouxe muito conhecimento, pois ele pôde conviver com profissionais renomados do cinema nacional. Chico Rasta produziu documentários de destaque, como os três filmes publicitários da campanha de aniversário de Teresina, em 2014, e o projeto Pesca Solidária, que aproximou o fotógrafo do cantor Lenine. “Eu gosto desse lance documental. Eu acho legal não parecer plástico. Eu gosto do erro, da topada, da fugida do quadro, desse negócio um pouco mais sujo. E gosto de misturar o belo com essa pegada que foge mais do padrão”, comenta.

O fotógrafo da natureza

Do processo criativo espontâneo ao perfeccionismo, um amante da naturalidade da imagem, apaixonado pela natureza, Chico Rasta é um profissional que atua há pelo menos vinte anos na área da comunicação. O artista autodidata começou na rádio passando pela web, TV, jornalismo, documentários e fotografia, fez do registro um meio de transmissão das suas experiências. Chico Rasta foi construindo seu caminho muito cedo, sempre apaixonado pelo seu ofício, todas as suas conquistas na área aconteceram graças à sua dedicação, mas principalmente por aproveitar cada oportunidade que foi surgindo. O que começou como um experimento de fotografar a Lua, sugerido pela atual esposa, na época namorada, se tornou paixão e o primeiro presente dado ao marido foi uma máquina fotográfica. Foi desse empurrão e incentivo que nasceu o Chico Rasta fotógrafo. E é com essa sensibilidade e simplicidade que Chico Rasta segue encantando e atraindo os olhares com o seu trabalho.

Contatos

https://www.instagram.com/chicorasta/?hl=pt-br

https://web.facebook.com/chicorastabrandao

https://chicorasta.com.br/

Fotos

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Vídeo

Exposições

Tesouros da Baía de Guanabara;

Pesca Solidária.

Outras fontes

http://www.proparnaiba.com/redacao/2013/03/29/fotografia-nas-ondas-de-chico-rasta.html

Última atualização: 23/02/2019

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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