entre o soco do clarão da realidade e a nudez divina do sonho
tudo é náusea
tudo é estrondo
nos meus ouvidos, nos meus olhos, nos cantos da casa
toda tua palavra
contorce meu estômago
um foda-se em neon brilha latejante onde você vai
um cordão umbilical é cortado antes do tapa
o choro não ataca
entre o desenho e o mapa, entre lambidas e farpas
todo sistema cai
une dois nadas entre as pernas de uma ponte ácida
sopro de lembrança
um puto drama de calçada
entre meus pés, meus dedos
uma terrível pontada de falha