CORPO, de Paulo Narley

Casa

Abrigo de tudo o que sou

Guarda-roupas de tudo o que passou

E também do que restou

 

Essência

Vibração

Experiência

Resistência

 

É ele minha porta pro mundo

O que me guia

Na escuridão

Carne, pele, osso, órgãos

Aquilo que tira e, às vezes, abriga minha solidão

 

É poesia

Tesão

Criação

Escrita viva

 

Casa de desejos

Fruto de prazeres

Vontades

 

Impulso

Aquilo que possuo e sou

É estrada larga

Oceano para navegar

 

Mar onde se afogar

E renascer…

Onde começo e termino

Mas sem me findar

Total
0
Shares
7 comments
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related Posts