Izabell Lins, a bailarina por trás do véu

Por trás do véu há movimentos, há dança, há vida. Dançar é se descobrir dentro do movimento. E para a teresinense Izabell Lins o véu da dança revelou uma bailarina contida dentro de si. A jornalista, pós graduada em Mídias Sociais, Terapeuta Quântica, Magnified Healing, Barras de Access, Reiki Master, além disso é Professora de dança do Ventre e Zumba. É produtora cultural há oito anos, desenvolveu 17 espetáculos de dança apresentados em Teresina e Timon. Foi voluntária no projeto da Fundação Cidadania e no Projeto Beija Flor, realizou workshops e aulas de dança em Floriano, Parnaíba, Campo Maior, Caxias e Tianguá de 2013 a 2016. Izabell Lins está à frente do Projeto Divas que Dançam e já foi professora em várias academias de Teresina. Com oito anos de carreira na dança, a professora já formou inúmeras bailarinas. Sua paixão pela dança e pela formação está nas veias, pois para a bailarina e coreógrafa a dança é mais que movimentos, é respiração e é o alimento da vida.

“A dança é a minha respiração.” Izabell Lins

Nome Completo: Izabel Eugênia Rodrigues Lins

Descrição: Bailarina e coreógrafa

Data de Nascimento: 03/09/1974

Local de Nascimento: Teresina-PI

Perfil escrito pela Geleia Total
Escrito por:
 Alisson Carvalho
Revisado por: Narley Pereira Cardoso

Conhecendo a dança do ventre

A dança é caminho para o autoconhecimento do corpo. E para Izabell Lins foi também a sua libertação. A bailarina que nasceu em Teresina, mas foi morar em Floriano quando criança cresceu, mas sem ter muita ligação com as artes, ela conta que até chegou a dançar em eventos escolares, contudo não passava dessas experiências. Só com quatorze anos foi que Izabell Lins descobriu a dança do ventre, isso graças ao centenário árabe que acontecia na cidade. O evento contou com a participação de uma bailarina de São Paulo que veio palestrar e dialogar com os descendentes árabes, o evento teve como marco e finalização a apresentação do grupo de dança do ventre. Ao final da apresentação, vendo as bailarinas dançando e todo o encanto da dança do ventre, Izabell procurou a professora e perguntou como fazia para se praticar aquela dança. A resposta que recebeu entristeceu a garota, ela descobriu pela professora, que somente as descendentes árabes poderiam aprender aquela dança. Contudo o sonho de aprender dança do ventre não morreu, ficou adormecido e foi se fortalecendo com o tempo, para despertar mais tarde. A menina que sonhou com a dança do ventre nunca deixou de assistir e se interessar pela dança, mesmo sem praticá-la.

Despertando o sonho

O sonho adormecido de se tornar bailarina foi despertado quando Izabell Lins retornou à Teresina para cursar Jornalismo e começou a trabalhar na área. Ela conta que fazia academia e se deparou com um curso de dança do ventre, mas que só chegou a fazer a matrícula já que foi escalada para fazer uma reportagem em Parnaíba no mesmo dia do curso. Foram aproximadamente nove anos com um sonho contido e a possibilidade de entrar em contado com a dança ficou latente desde então e é quando finalmente a jornalista consegue concretizar o sonho e entra para o aulão de dança do ventre que acabou se tornando um curso e depois paixão. A brincadeira e passatempo ganhou um ar de seriedade, Izabell Lins começou a estudar a dança do ventre e a se especializar cada dia mais. “A dança do ventre veio como na lei da atração, um dia ia acontecer”, diz Izabell Lins.

A dança como ferramenta de luta

Por trás do véu da bailarina existe muita dedicação e muito ensaio. O encanto no palco pode esconder a luta para se conquistar movimentos belos e precisos. Izabell Lins buscou um sonho e ao concretizá-lo, mudou completamente a sua vida. A dança do ventre foi mais que um desejo de conhecer o próprio corpo, as possibilidades da movimentação e uma cultura diferente. Foi antes d tudo uma oportunidade para refletir o seu lugar no mundo, o seu papel social e questionar o que é ser mulher. A bailarina conta o período de descoberta da dança foi o mesmo período do seu divórcio e que o relacionamento abusivo chegou ao seu limite quando ela começou a experimentar a dança do ventre, a sair mais do ambiente doméstico, a dialogar com outras bailarinas e profissionais da dança. A sua primeira experiência em um workshop foi o dia que foi agredida pelo companheiro, o dia que pisou pela primeira vez em uma delegacia e foi também quando decidiu que seria aquilo que faria a partir daquele dia. Izabell Lins libertou-se por meio da dança, enfrentou inúmeros desafios para concretizar a paixão pela dança do ventre e venceu cada obstáculo. “Eu enfrentei um marido algoz pelo simples prazer de dançar”, crava Izabell Lins.

“Eu acordo pensando em dança do ventre. Eu me comunico com dança do ventre.” Izabell Lins

Mais que um ofício

Para Izabell Lins um evento marcante na sua carreira aconteceu, senão o seu pontapé para alavancar sua história na dança do ventre, veio quando ela conheceu o bailarino parnaibano Daniel Moura. Os três anos de experiência na academia do bailarino foram também responsáveis pelo sucesso de Izabell, segundo a bailarina. A partir desse evento as pessoas começaram conhecer o nome Izabell Lins e foi quando ela assumiu de vez o ofício. Ser professora de dança do ventre é mais que uma função, é ajudar mulheres na busca pelo autoconhecimento, guiando e mostrando a importância de cada um se valorizar pelo que é, sem se importar com as expectativas sociais. Nessa trajetória, vale destacar o trabalho impar que a bailarina desenvolve como voluntária na Fundação Maria Carvalho Santos que promove atividades na área de saúde e prevenção de doenças, em especial o câncer de mama. A bailarina foi convidada pela fisioterapeuta Ana Célia Faustino para dar aula de dança na Fundação e nunca mais deixou as suas alunas, apaixonou-se pela experiência. O diálogo, a vivência, as histórias de superação fortalecem o laço entre alunas e professora, hoje a dança representa um estilo de vida.

O estúdio de dança

“Eu acordo pensando em dança do ventre. Eu me comunico com dança do ventre”, diz Izabell Lins. A dança do ventre, confundida muitas vezes com uma dança apenas de sedução, acaba cumprindo um papel de fortalecer a autoestima das mulheres e despertar o autoconhecimento pessoal. Posteriormente, as próprias alunas começaram a conversar com a professora para que Izabell Lins montasse o seu próprio estúdio de dança. “Quando as minhas alunas disseram que onde eu estivesse elas estariam, aquele foi o estalo, foi o momento em que eu decidi alugar um espaço só nosso”, pontua Izabell Lins. A ideia deu certo e, atualmente, a bailarina atende trinta e cinco alunas no curso de zumba, e cinquenta alunas de dança do ventre. Carrega nas costas a felicidade de ter ensinado trezentas mulheres em oito anos de trajetória. A professora conta que já chegou a criar espetáculos com até cem mulheres em cima do palco. Ela conta que juntar tantas mulheres em prol da dança foi uma das experiências mais emocionantes da sua vida. Ter o carinho e apoio de tantas mulheres é um dos grandes prazeres em dar aulas de dança, segundo Izabell Lins.

A paixão pela dança

Com delicadeza e zelo, Izabell Lins tem se dedicado à dança do ventre, não apenas para si, mas, sobretudo, para transmitir todo o conhecimento aprendido ao longo da sua trajetória com outras mulheres. A jornalista, que se tornou bailarina, fez da paixão o seu ofício e foi na dança do ventre que construiu o seu nome. Movida pelo desejo de ampliar cada vez mais o alcance da dança do ventre, a professora nutre o desejo de levar os benefícios dessa arte para o máximo de pessoas possíveis, afinal, o impacto proporcionado pela inserção da dança na vida de uma mulher reverbera em toda a família, segundo a professora. O sonho da bailarina preenchida pela generosidade é compartilhado com outras gerações de bailarinas e com os amantes das artes. Os frutos da sua arte ganharam autonomia e, hoje, dançam em diversos palcos, atuam de diversas formas, fortaleceram-se para enfrentar os desafios do mundo. Izabell Lins formou não só bailarinas, mas mulheres que passaram a enxergar o seu próprio valor e, além de referência, tornou-se também inspiração.

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Outras fontes

https://cidadeverde.com/noticias/218624/izabel-lins-apresenta-danca-do-ventre-no-cidade-viva-assista

http://oncomedica.com.br/noticias/semana-cultural-traz-inspiracao-com-danca-do-ventre,25047

Última atualização: 20/08/2018

 

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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