Zephiro, de Félix Pacheco

Dorme quieta e feliz, e, no seu sono,

Tudo que flue é delicado e leve.

A devassar-lhe o plácido abandono

Nem mesmo a luz, que é sua irman, se atreve.

Ouço de longe arfar-lhe, cor de neve,

O seio virginal, camélia e throno.

Perpassa-lhe fugindo um sonho breve,

E eu de vel-a sorrir mais me apaixono.

Mas o quadrinho esfuma-se impreciso,

E esvae-se a sombra da divina face.

Aperto o olhar, e nada mais diviso.

Foi como se algum zéphiro passasse,

Na calma angelical do paraíso,

Brando, e gentil, e rápido, e fugace…

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