Marcos Gomes

Movimentar-se é se libertar das amarras do mundo, superar as próprias limitações e transmitir, com gestos, os sentimentos mais sutis e delicados. Marcos Gomes sabe bem disso, pois encontrou na dança a libertação para as palavras que estavam contidas. Aprendeu a falar por meio do corpo. O bailarino e coreógrafo descobriu a dança por acaso e se apaixonou. Iniciou seus estudos em dança no ano de 2009. Participou dos grupos de dança: Nai Dirceu, Báttali Cia de Dança, Cia José Nascimento e Escola de Ballet Helly Bastista. Esteve no elenco dos espetáculos de dança “Auto de Natal” (2009-2011), “Construção”(2010), “Píxel” (2012), “Dançando onde o podo está” (2012), “Recortes” (2013), “Centelhas” (2016) e “O que te faz lembrar” (2017). Marcos Gomes é um bailarino eclético e, como coreógrafo, transmite toda a mistura de conhecimentos para os seus alunos, característica presente também nas suas coreografias. “Arte é tudo, arte é expressão. É você conseguir mostrar para os outros aquilo que tem dentro de você”, diz o bailarino.

“Arte é tudo, arte é expressão. É você conseguir mostrar para os outros aquilo que tem dentro de você.” Marcos Gomes

Nome Completo: Marcos Diogo Pereira Gomes

Descrição: Bailarino e coreógrafo

Data de Nascimento: 09/06/1994

Local de Nascimento: Teresina-PI

 

Perfil escrito pela Geleia Total
Escrito por:
 Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley Pereira Cardoso

 

Nasceu dançando

Antes mesmo de conhecer a dança Marcos Gomes já dançava, pois a paixão surgiu espontaneamente sem que ninguém precisasse convencer o garoto. A dança foi consequência da empolgação gerada pelas músicas e pelos ritmos dançantes, por isso mesmo Marcos simplesmente não conseguia se conter, era atração imediata tentar acompanhar as músicas escutadas e o corpo era o primeiro a reagir. A expressão do corpo que passava a se tornar mais presente no dia a dia do garoto eram preenchidas por temas infantis como as músicas da novela infantil Chiquititas e outras canções em voga no período. Marcos relembra que sempre ganhava fitas e posteriormente CDs com as músicas preferidas, o estilo variava muito, pois o garoto sempre teve um gosto musical variado. Essa variação se manifestou posteriormente nos estudos da dança. Marcos Gomes nasceu em uma família que sempre gostou das grandes comemorações e que estavam sempre festejando, mas é o primeiro dançarino da sua família. O dançarino foi deixando-se levar pelo ritmo e acabou emaranhado nos fios rítmicos da dança.

Estudo sobre o corpo em movimento

A brincadeira de dançar se tornou profissão quase que por acidente, pois Marcos Gomes rememora o seu ingresso na primeira oficina de dança e tudo aconteceu de modo espontâneo. O bailarino foi com uma vizinha sua ao Núcleo de Atenção Intergeracional (NAI) do bairro Dirceu Arcoverde, projeto destinado a atender crianças e jovens em situação de risco promovendo vários cursos como o curso de Dança ministrado pela coreógrafa e bailarina Elizabeth Báttali. E o convite para participar da oficina veio da própria professora de dança, Marcos achou o convite inusitado, mas quis passar pela experiência e entrou para o grupo. E com quinze anos de idade entrou para o seu primeiro grupo de dança que embora focasse na dança contemporânea, experimentava de tudo um pouco, seja o balé clássico ou as danças populares. O contato com a dança não findou no projeto, acabou se tornando parte da vida de Marcos Gomes e o bailarino saiu da oficina para o seu primeiro grupo, Báttali Cia de Dança. O primeiro grupo de Marcos serviu como base para os futuros trabalhos, o bailarino eclético permaneceu estudando estilos variados de dança para conhecer as possibilidades e superar os limites do seu corpo.

As experiências do bailarino

Após a experiência com o grupo de dança do projeto de Nai Dirceu, Marcos Gomes foi convidado para a Battali Cia de Dança, onde permaneceu de 2011 a 2014. Nesse período, o bailarino adquiriu uma vasta experiência com a dança contemporânea, participando de festivais e apresentações em Teresina. Depois disso, Marcos Gomes levou um tempo para encontrar-se novamente e esse caminho da dança foi sendo lapidado com a entrada dos seus dois colegas, Jonas Alves e Douglas Lira, em uma das oficinas de dança da Casa da Cultura, ministrada pelo bailarino e coreógrafo José Nascimento. Os colegas convidaram Marcos Gomes para participar da oficina e, ao aceitar o convite, o bailarino paralelamente começou a estudar balé clássico, na Escola de Ballet Helly Bastista. As duas experiências foram bem enriquecedoras para o bailarino, que começou a entender melhor técnicas mais variadas de dança e perceber as sutilezas dos seus movimentos.

 “A arte é libertação, pois é como se o desenho que eu fizesse tirasse de dentro de mim algo que está acontecendo.” Marcos Gomes

O que move o corpo

Mover-se, gesticular, expressar com o corpo mensagens não verbais é o grande desafio para um mundo preso à palavra. Contudo, para o bailarino, o que seria dificuldade se torna possibilidades de expressão. Comunicar-se por meio do movimento é rechear-se e munir-se das ideias e sentimentos que irão compor a coreografia. Por isso, Marcos Gomes é tão enfático ao dizer que o bailarino estuda não só o corpo, mas os temas que complementarão a ideia da obra. Não se transmite aquilo que não se conhece. Logo, para que haja comunicação, o bailarino passa também pela experiência de empatia com as ideias, estudando como aquele tema impacta o próprio bailarino, performer e intérprete. Para alimentar a intenção dos movimentos, Marcos Gomes conta que o seu processo criativo é composto por duas partes, desenvolvidas juntas: uma é a apropriação do movimento, da coreografia, e a outra, não menos importante, é a apropriação do tema e dos sentimentos presentes nos movimentos. Nesse sentido, Marcos fala da importância da música na construção dos sentimentos e movimentos do bailarino. “A arte é libertação, pois é como se o desenho que eu fizesse tirasse de dentro de mim algo que está acontecendo”, enfatiza.

Unindo forças

Marcos Gomes foi encontrando um caminho na dança e nessa estrada artística começou a ser professor e coreógrafo, transmitindo para seus alunos tudo o que foi absorvido ao longo da sua vida. Na composição de um espetáculo ou coreografia, o bailarino leva em consideração o tema principal que se quer passar e alia isso à música. A coreografia que mais emocionou Marcos foi “Sons”, um trio que tinha no elenco Marcos, Jonas Alves e Douglas Lira. Embora o trio desenvolvesse um trabalho com tema aberto, a sensação era de que se tratava de um trio amoroso, e os três bailarinos sempre acabavam muito emocionados ao apresentar a coreografia: “A última vez que dançamos eu comecei chorando e fui chorando até o fim. Acho que foi um trio que gostamos muito”, relembra Marcos Gomes. O bailarino foi acumulando algumas referências na dança ao longo da sua trajetória e grande parte dos colegas de palco e profissionais conhecidos nas oficinas e grupos se tornaram mais do que apenas diálogos, mas pessoas que o bailarino passou a admirar, como Jaciane Sousa, Hellen Mesquita, Deborah Colker, Ana Botafogo, além dos seus professores Elizabeth Báttali, José Nasimento e Helly Batista Júnior, assim como outros tantos que ajudaram na lapidação dos seus movimentos.

A potência no movimento

Marcos Gomes inseriu-se no cenário das danças e foi deixando o próprio fluxo da arte invadir a sua vida lentamente, sem perceber já estava imerso e marcado pela arte. Fez da dança o seu projeto de vida e esforçou-se para continuar dançando mesmo com todos os obstáculos. O bailarino foi demonstrando que dançar é mais que paixão, é determinação e foco. Sua pesquisa para conhecer as possibilidades dos movimentos jamais estagnou, ao contrário, pois só se aprimora diariamente. Marcos Gomes é um dos exemplos de como a dança pode transformar o corpo e a vida da pessoa, por isso ele tenta mostrar o mesmo, que é possível vencer com o que se gosta, com o que se ama, com a arte. Sua paixão que começou motivada pela destreza dos movimentos de outros bailarinos e grupos hoje é motivo de inspiração para outros jovens bailarinos que sonham em se profissionalizar. E ele lembra que o trabalho é duro, não são só flores, é muito trabalho e estudo para construir um corpo para a dança.

Contatos

instagram.com/marrcosgomess.ab

facebook.com/marcos.passo.167

Fotos

Coreografias como bailarino

Auto De Natal-Nai Dirceu (2009-2011);

Construção (2010);

Píxel (2012);

Dançando Onde O Povo Está (2012);

Recortes (2013);

Centelhas (2016);

Pétalas (2017);

O Que Te Faz Lembrar? (2017).

Outras fontes

https://www.google.com.br/search?ei=w387W7GMNsSXwATNpLu4Dw&q=dança+petalas+jose+nascimeento&oq=dança+petalas+jose+nascimeento&gs_l=psy-ab.3..33i160k1.6503.15931.0.16176.30.29.0.0.0.0.355.4176.0j11j7j1.19.0….0…1c.1.64.psy-ab..11.16.3470…0j35i39k1j0i67k1j0i131k1j0i22i30k1j0i22i10i30k1.0.MKTxgYVjbbs

http://portalpmt.teresina.pi.gov.br/admin/upload/documentos/9eafb69359.pdf

 

Última atualização: 01/07/2018

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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