“Na maior parte do mundo, o teatro não tem um lugar exato na sociedade,
não exibe um objetivo claro, só existe fragmentariamente:
um teatro está atrás de dinheiro; outro, de glória; outro busca emoções;
outro, está interessado em política; outro, em diversão.”
Peter Brook
Observo com particular atenção o movimento do “Teatro Contemporâneo” que dedica-se a revelar e problematizar questões proeminentes relacionadas as minorias.
O chamado Teatro Documentário, os happenings, a performance e até mesmo o instrumental do dito “Teatro Clássico” são utilizados nessas construções cênicas.
A reflexão e denúncia sobre a opressão sempre trouxeram muita potência ao teatro em todas as eras. Acredito mesmo que isso sempre foi e será uma das turbinas dessa nave chamada teatro.
Reconheço no entanto que, para mim, o estudo individualizado da alma humana e as formas de revela-la, compreendê-la e senti-la através do fenômeno cênico sempre foi minha maior motivação como artista.
Minha ação política como encenador, quase sempre, foi e é realizada com um microscópio, dificilmente, na minha prática teatral, recorri a uma luneta.