Longe de ti, de João Carlos M. Bezerra

Nasce mais um dia
E como os demais
Sem calmaria
Apenas agonia
Que nao se finda mais.
De que adianta colher flores,
Se não vives mais aqui ?
Os retratos perderam-se as cores
Não tenho motivos para sorrir.
O silêncio reina
Os pássaros não cantam
A janela fica estreita
Os poetas não declamam
Nem versos, nem trovas,
Não restou mais nada
Nem fechaduras na porta
Apenas frio na madrugada.
Ficaram-se as marcas no corpo
Dos teus abraços violentos,
Apaixonantes, louco
Por prazeres intensos
E sonhos jogados ao vento.
João Carlos M. Bezerra

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