O fotógrafo, documentarista e músico Luciano Klaus Alves de Sousa Guimarães é natural de Teresina, mas morou durante a infância em Buriti Bravo e São Luís, no Maranhão, e atualmente divide-se entre o Maranhão e Teresina. Formado em Comunicação Social na Universidade Federal do Piauí, tem experiência na área do Audiovisual, com ênfase e documentário. Atua em temas como imagem, fotografia, cultura popular, artes e comunicação, além de se dedicar à música atuando como regente, participando, inclusive, da formação do grupo Ensaio Vocal. Luciano Klaus foi professor da faculdade CEUT (2002 – 2010), trabalhou como repórter fotográfico no Jornal Meio Norte (1996 – 2000). Dirigiu os filmes “Divino Encanto” (2009) e “Iluminar o caminho” (2017). Acumulou prêmios como: Doc Tv Brasil IV (2008); Melhor Fotografia Digital, Melhor Fotografia em Preto e Branco e Prêmio Fotógrafo José Medeiros, os três no 12º Salão Municipal de Fotografia de Teresina (2006); Destaque do II Salão Nacional de Fotografia de Sorocaba (1999); Primeiro Lugar no Festival Canta Nordeste (1995) e Primeiro Lugar no Festival Canta Nordeste (1993). Luciano Klaus é um fazedor de imagens que encanta com o seu olhar sensível e com as suas produções.
“A fotografia me deu uma identidade, de me reconhecer e me ver como fotógrafo.” Luciano Klaus
Nome Completo: Luciano Klaus Alves de Sousa Guimarães
Descrição: Músico, fotógrafo e cineasta
Data de Nascimento: 18/03/1971
Local de Nascimento: Teresina-PI
Luciano Klaus: a tradição familiar
Luciano Klaus cresceu no interior do Maranhão, pegando água de cacimba, tomando banho de riacho, com contato direto com animais. A ausência de energia elétrica e água encanada do lugar dava aos moradores a oportunidade de se socializassem de outras formas, então o entretenimento acontecia mediado pelas danças populares e pelas manifestações do folclore local como o reisado, festa do Divino, tambor de crioula, entre outras. Tudo isso acontecia próximo ao Luciano Klaus e tinha o envolvimento dos moradores, eram verdadeiros acontecimentos. Além desses acontecimentos que temperavam o cotidiano, a rádio era o outro grande elo estabelecido entre ele e a música, pois era por lá que se tinha contato com o mundo e as grandes canções tocadas pela rádio nacional.
Luciano Klaus: os primeiros tons
Luciano Klaus retorna à Teresina por volta de 1985, nesse período ele conheceu a Escola de Música de Teresina que ficava localizado na av. Frei Serafim, atualmente o prédio é um supermercado, mas naquele tempo era um casarão que atraia os olhares pela exuberância e beleza. E foi lá que Luciano Klaus começou a estudar violão clássico, flauta e para estudar música os alunos precisavam passar pelo coral, então ele estudou também canto coral e técnica vocal. Foi por isso que ele conheceu o regente Aurélio Melo, Paulo Aquino, Fernanda Libório, Luiza Miranda, Fernando Conde, Andréia Miranda, Márcia Adriana que já faziam parte do grupo Candeia e juntos criaram o grupo Ensaio Vocal. Luciano continuou estudando música e posteriormente tornou-se regente, ajudando a criar alguns corais da cidade até ingressar no curso de Comunicação Social, passando a dividir seu tempo entre o curso e a música.
Luciano Klaus: do jornalismo à fotografia
A entrada no curso de Comunicação Social foi o que aproximou Luciano Klaus da fotografia. Foi na escuridão do laboratório de revelação das imagens, quando estava aprendendo a revelar os filmes e os processos fotográficos na disciplina de introdução à fotografia com o professor Laerte e o laboratorista José da Providência que o então estudante começou a se apaixonar pela imagem. A magia da imagem se revelando diante dos olhos do fotógrafo transformou a experiência acadêmica em encanto, Luciano Klaus enveredou para a área, aproximando-se da fotografia documental e das causas humanitárias. Posteriormente Luciano Klaus começa a trabalhar com a imprensa, jornais e revistas. Como fotógrafo ele já trabalhou como repórter fotográfico no Jornal Meio Norte (1996 – 2000), além disso trabalhou como professor na faculdade CEUT (2002 – 2010) e coordenador de Laboratório de Imagem e Som.
“A fotografia pra mim é processo de ritual, está nessa dimensão ritualística, eu não penso no ritual quando eu estou fotografando, acho que é porque eu estou imerso nele.” Luciano Klaus
Luciano Klaus: a utopia da criação
“A fotografia pra mim é processo de ritual, está nessa dimensão ritualística, eu não penso no ritual quando eu estou fotografando, acho que é porque eu estou imerso nele”, formula Luciano Klaus. O fotógrafo revela que o seu processo criativo é caótico, acontece no espontaneísmo e sem nenhuma ordem. E pela carência de recursos e apoio, geralmente o artista trabalha com os recursos disponíveis, tendo que readaptar muitas das suas ideias. Apesar de trabalhar a linguagem artística, Luciano Klaus enxerga as suas fotos ou os seus documentários como registros documentais. As fotografias tiradas pelo fotógrafo nascem do momento, são registros da ação dos agentes e é um diálogo entre o fotógrafo e a pessoa fotografada, uma construção de confiança que precede o ato de fotografar. É preciso muito investimento para aprender o ofício, conhecimentos específicos que tiveram que ser buscados fora do Piauí na época, mas além dessas técnicas, o fotógrafo conta que é preciso ter sensibilidade, a fotografia é também o olhar, o processo, a abordagem que se quer mostrar. “A fotografia me deu uma identidade, de me reconhecer e me ver como fotógrafo”, reforça.
Luciano Klaus: documentando histórias
Dirigiu os filmes “Divino Encanto” (2009) e “Iluminar o caminho” (2017). Luciano conta qua a ideia de gravar o “Divino Encanto” veio do interesse que sempre existiu pela cultura popular, a ânsia para registrar a cultura amarantina levou o fotógrafo a conhecer os cantadores e essa curiosidade fez surgir o documentário. O filme conta a trajetória desses sujeitos e todo o misticismo que envolve os cantadores do Divino do sertão piauiense. O filme ganhou o Doc TV IV chegando a concorrer com 665 projetos de documentários. Já o filme “Iluminar o caminho” veio quando ele aceitou fazer a produção do CD de cânticos da Novena de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro na Vila Operária que completava 50 anos em Teresina. Seu trabalho seria o de aglutinar os músicos, selecionar as vozes e arranjos. A aproximação com a história das dos padres Redentoristas e as Irmãs de São José levantou algumas questões, deixando-o intrigado com as histórias. As freiras chegaram em Teresina nos anos cinquenta e trouxeram com elas uma câmera rolleiflex dos Estados Unidos, fotografavam suas experiências no Piauí e quando retornavam para os Estados Unidos, nas férias, revelavam as fotos e traziam mais filmes. O interesse pela história fez Luciano Klaus pensar em registrar as narrativas dos Redentoristas Irlandeses e Americanos que vieram morar na Vila Operária. Dessa forma nasceu o documentário que mostra o olhar de Luciano Klaus sobre as realidades desses sujeitos. Iluminar o Caminho foi premiado com melhor montagem e melhor direção de fotografia na mostra SESC de Cinema em 2017.
Luciano Klaus: imerso no ritual
Luciano Klaus tem a preocupação de documentar a cultura popular e seus trabalhos, embora não tenham a pretensão se aproximar da linguagem artística, acabam emocionando o espectador graças a sutileza e sensibilidade dos seus registros. O fotógrafo que teve uma infância nutrida pela vivência da cultura popular, fez da sua arte uma forma de resgatar e documentar manifestações cada vez mais raras e que dizem muito sobre as comunidades. No silêncio sagrado do fotógrafo observador ou nas cantigas de rodas, veremos o modo bem particular como ele imprime as suas subjetividades, o seu olhar sensível é impresso nas imagens e somo convidados a conhecer o universo de Luciano Klaus. Para o fazedor de imagens o resultado do empenho e da dedicação são as reações positivas que o seu trabalho causa, um diálogo que nutre qualquer artista.
Contatos
Fotos
Vídeos
Exposições
Exposição Fotográfia. Luz e Verbo. 2009.
Exposição Fotográfica – Teresina: Um Olhar Poético – cores, festas, tradições. 2003. (Apresentação de Trabalho/Outra).
Fotografia em Debate/Fotografia na Publicidade. 2003. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
Exposição no II Salão de Fotografia PHOTOSHOP do Teresina Shopping. 2000. (Apresentação de Trabalho/Outra).
Exposição no I Salão de Fotografia PHOTOSHOP do Teresina Shopping. 1999. (Apresentação de Trabalho/Outra).
Discografia
CD Ensaio Vocal Canta Chico Buarque. 2000.
CD Ensaio Vocal. 1990.
Filmografia
Divino Encanto. 2009.
Cantata Gonzaguiana. 2016.
Iluminar o Caminho. 2017.
Prêmios e títulos
2008. Doc Tv Brasil IV, Ministério da Cultura / TV Cultura / TV Brasil / ABD / ABEPEC / Secretaria do Audio Visual.
2006. Melhor Fotografia Digital – Categoria Profissional – 12º Salão Municipal de Fotografia de Teresina -, Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
2006. Prêmio Fotógrafo José Medeiros – 12º Salão Municipal de Fotografia de Teresina, Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
2006. Melhor Fotografia em Preto e Branco – Categoria Profissional – 12º Salão Municipal de Fotografia de Teresina, Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
2003. Primeiro Lugar no Concurso de Fotografia – Categoria Foto Publicada, Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
2003. Destaque Menção Honrosa no Concurso de Fotografia de Teresina, Prefeitura Municipal de Teresina.
1999. Destaque do II Salão Nacional de Fotografia de Sorocaba, Salão de Fotografia de Sorocaba “Rogich Vieira”.
1995. Primeiro Lugar no Festival Canta Nordeste, Rede Globo.
1993. Primeiro Lugar no Festival Canta Nordeste, Rede Globo.
Outras fontes
http://tvbrasil.ebc.com.br/doctv/episodio/divino-encanto
https://cidadeverde.com/noticias/22115/divulgado-hoje-o-resultado-da-quarta-edicao-do-doc-tv
http://libra.ifpi.edu.br/campomaior/noticias/campus-campo-maior-lanca-cineclube
http://libra.ifpi.edu.br/campomaior/noticias/campus-campo-maior-lanca-cineclube
https://www.glunis.com/XX/Unknown/740410346044120/Semana-Audiovisual-da-Uespi
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4275807A0
Última atualização: 22/04/2018
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