Dançar é mais que a soma de movimentos, é se libertar das diversas amarras que limitam a espontaneidade das pessoas, é dilatar as potencialidades do próprio corpo e se redescobrir a cada desafio superado. Seguindo essa trajetória de superações foi que Raira Monteiro tornou-se artista. Ela é atriz, bailarina, coreógrafa e arte educadora, nasceu em Teresina e, não se enganem, apesar da idade, ela tem uma história de destaque nas danças urbanas. Como atriz e dançarina, Raira Monteiro já participou de peças como “Zumbeats Escola de Monstros” (20150, “Diversiment” (2015), “Álvaro de Campos em Pessoa” (2015), “Paixão de Cristo de Timon”(2014), “Geleia Geral” (2013), “Boa noite Cinderela” (2012), “Casa Noturna” (2011), “Cidade Elétrica” (2010), dentre outros. Recebeu o título de Melhor Bailarina e Melhor Atriz da Companhia Conexão Street em 2015, além disso já ficou em 3º lugar com o solo em Dança Urbana em 2014 e 2º lugar no mesmo festival em 2015. Participou de inúmeros Festivais de Dança não só no Piauí como em outras cidades, como o Festival Cearense de Hip Hop 2017 em Fortaleza e Festival Fringe de Teatro de Curitiba em 2015. Raira Monteiro fez da arte o seu lar e mostra a cada dia todo o seu potencial como artista e o produto de um trabalho desenvolvido com muito comprometimento e esforço.
“A dança é liberdade.” Raira Monteiro
Nome Completo: Raira Monteiro de Oliveira
Descrição: Atriz, bailarina, coreógrafa e arte educadora
Data de Nascimento: 01/12/1994
Local de Nascimento: Teresina-PI
Aptidão para as artes
Guiada pelas mãos maternas, Raira Monteiro fez das artes um meio para vencer a timidez. Desde os quatro anos de idade a atriz e bailarina já se apresentava, seja dança ou teatro ela começou a se tornar uma figura presente no palco da escola. Por isso. Raira tem uma relação muito forte com as artes, a afinidade foi construída desde os primeiros anos de vida, acompanhando a artista durante toda a sua trajetória, inclusive contribuindo para sua formação não só artística. Ela rememora as primeiras apresentações teatrais e o quanto já se doava aos personagens interpretados, mesmo ser ter tido cursos ou ter noção das técnicas teatrais. Posteriormente, chegando ao ensino médio, Raira relembra que procurou grupos de teatro, descobrindo que na própria escola existia um grupo. Ela não pensou duas vezes, procurou a trupe e entrou para o seu primeiro grupo de teatro “Grupo Identidade Própria” em 2010. A partir desse momento tudo o que era apenas um sonho passaram a se concretizar e, segundo a atriz, foi o momento de redescobrir as suas capacidades e superar os seus medos.
O teatro veio do berço
Naturalizar o palco não significa deixar a atuação mecânica, sem vida e carente de emoção, é justamente realimentar a paixão pelo que se gosta, pela criação. Criar, por mais que seja uma ação recorrente no teatro, é um processo sempre novo e por isso dificilmente se tornará monótono para quem faz o que gosta com responsabilidade. Assim, Raira Monteiro, apesar de ter começado a atuar bem cedo, nunca perdeu o amor e a dedicação pelo teatro. Sua primeira experiência com as artes cênicas em um grupo de teatro, Grupo Identidade, veio com a apresentação da peça “O feitiço de Romeu e Julieta” (2010) pela Cia Identidade Própria. “Eu estava muito nervosa, mas mesmo assim eu pesquisei, procurei assistir vídeos, espetáculos com o mesmo tema pra eu poder estudar melhor a personalidade da personagem e na hora deu certo, fiquei nervosa, mas no decorrer do espetáculo eu fui perdendo a timidez.” Pelo mesmo grupo, Raira Monteiro apresenta ainda as peças “O mágico de OZ” e “As crônicas de Dorothy”. Posteriormente atriz é convidada para participar da Cia All Street Songs, que se divide entre dança e teatro. O que era paixão se tornou algo mais sério, exigindo mais da atriz que demonstra cada vez mais os frutos desse esforço empreendido na busca para continuar sempre melhorando.
O desafio na dança
A força e expressividade do Street Dance, dança que surgiu nos guetos e centros urbanos norte-americanos, atraiu a atriz Raira Monteiro para o mundo da dança. A atriz saia dos ensaios do teatro no grupo All Street Songs e prolongava a despedida, tudo para assistir aos ensaios de dança do mesmo grupo. Raira Monteiro foi transformando a curiosidade em desejo e não demorou muito para ser convidada para também dançar no grupo. Contudo a paixão não é suficiente quando, Raira teve que trabalhar muito, treinando até de madrugada para acompanhar o ritmo do grupo e modelar os movimentos para a dança. Segundo a artista, conhecer as Danças Urbanas foi um meio para conhecer a Cultura Hip Hop, um movimento popular que encontra na arte uma forma de se expressar. Aos poucos a atriz foi se tornando bailarina e se integrando ao grupo, representando o Piauí em festivais locais e nacionais como o Passo de Arte de Fortaleza e Festival Cearense de Hip Hop. Essas experiências essas deram à Raira a oportunidade de participar de workshops com os grandes nomes do Street tais como Henri Camargo e Taysa Copelli. “A dança é liberdade, quando eu estou dançando eu esqueço tudo que tem lá fora, eu tento explanar meu amor por aquilo que eu estou fazendo, pela dança, através dos movimentos. Esse é o momento que eu me vejo livre, que esqueço dos problemas do dia a dia e busco concentrar toda a minha força na dança”, afirma Raira Monteiro.
“Teatro é um descobrimento, é algo mágico e é quando eu consigo fugir da minha realidade entrando em outra.” Raira Monteiro
A solidão criativa
Para Raira Monteiro criar é uma atividade solitária, é necessário estar sozinha, refletir e colher toda a inspiração desses momentos que são preciosos. Como coreógrafa ela constrói a ideia e apresenta o resultado de sua construção ao grupo de acordo com o que a música propõe, com a sua relação com a dança e como o corpo responde aos estímulos. A busca pelos movimentos que melhor se adequem a sua ideia é algo bem íntimo, mas também estético, com o intuito de alcançar a beleza dos movimentos. Para a bailarina, é preciso muita entrega na dança, pois o Street Dance exige muita energia, técnica e força. Para ela, esses são alguns dos elementos importantes para que a apresentação seja ideal. No teatro a entrega não é diferente, as personagens da atriz são construídas com muita reflexão, uma pesquisa solitária pelas nuances dos sentimentos e da personalidade que as suas criações exigem. Raira acredita na conexão entre o grupo para que a apresentação seja bem executada tanto na dança quanto no teatro e completa dizendo que é necessário ter muita concentração antes de qualquer apresentação. E não tem jeito, o nervosismo precede a entranha no palco, mas estando nele toda a tensão da atriz e dançarina se dissipa, transformando-se em força cênica e dança.
As nuances da dança urbana
O contato com os festivais de teatro foi um dos fatores que ajudou tanto Raiara Monteiro quanto o grupo All Street Songs (A.S.S.) a se reinventar e rever alguns conceitos. Da dissolução do grupo A.S.S., nasceu o grupo Conexão Street que veio com foça e com muito gás, partindo com tudo para os festivais. Foi por meio dos festivais de dança que o grupo entendeu a amplitude da Cultura Hip Hop e a partir disso pode fortalecer a própria identidade do grupo. Do contato com outros profissionais o grupo começou a também se aprofundar e compartilhar experiências. Os integrantes buscaram aprimorar duas técnicas e aprender novos conhecimentos com outros coreógrafos como Samuel Alves e Jeciane Sousa., que sempre tiveram essa preocupação de compartilhar seus conhecimentos com outros artistas. Posteriormente Raira entra para o grupo Núcleo Piauiense de Danças Urbanas que realiza o projeto “Nuances, Piauí com danças urbanas” financiado pelo Sistema de Incentivo Estadual à Cultura do Piauí – SIEC. O projeto tem como objetivo compartilhar as experiências das danças urbanas com as comunidades das periferias de Teresina e de diversos municípios do Piauí oferecendo oficinas gratuitas e apresentações de danças. “Está sendo muito gratificante, pois é um trabalho que revigora as energias da gente e que faz a gente pensar um pouco mais no nosso trabalho, no sentido real da arte que é transformar a vida das pessoas”, diz Raira Monteiro.
A profissão artista
Quem assiste às apresentações da bailarina não imagina o quanto foi necessário para conseguir a força e precisão nos movimentos, a agilidade nas coreografias. Seja como bailarina das danças urbanas ou como intérprete, Raira Monteiro já fez um pouco de tudo nas artes, desde participar do DVD da banda Validuaté até ser porta-bandeira da escola de samba teresinense Skindô. Não é por menos que a artista tem tanta afinidade nos palcos e trata todo esse universo com muita naturalidade. Como amante da arte e dos saberes urbanos, Raira participou de festivais e conheceu mestres das danças urbanas tanto da região nordeste quanto do sul do país. A artista mantém a entrega pela arte aliada ao esforço de tentar sempre fortalecer as danças urbanas no Piauí. E mesmo diante dos obstáculos ou do pensamento retrógrado que tentam diminuir a força dos artistas e a seriedade de suas profissões, Raira permanece impávida diante do objetivo de seguir a sua carreira como atriz e bailarina. A artista jovem que já nasceu com a sede de transformar o mundo por meio das artes vai ganhando e conquistando o seu espaço no cenário artístico, além de encantar toda a plateia.
Contatos
+55 86 98180-6884
rairamonteiro013@gmail.com
https://www.instagram.com/rairamonteiro_
Fotos
Experiências e vivências
Bailarina intérprete do Núcleo Piauiense de Danças Urbanas (2017-2018);
Bailarina participativa do dvd da banda Validuaté (2017);
Membro da equipe de organização da I mostra de dança do Fiep/PI (2015);
Título de melhor bailarina da companhia Conexão Street (2015);
Título de melhor atriz da companhia Conexão Street (2015);
Bailarina da banda uepa (2015);
Porta-bandeira da escola de samba Skindô de Teresina-PI (2015);
Bailarina intérprete do corpo de dança da universidade federal do Piauí- UFPI (2014);
Participação em treinamento e avaliações de modelos e elenco da liga de talentos (2014);
Bailarina e atriz da companhia Conexão Street (2014 a 2017);
Participação de atividade voluntária da fundação Bradesco- escola de Teresina-PI (2011);
Participação da I Mostra de Dança do Projeto Educativo Mãos Dadas em Timon-MA (2012);
Participação na inauguração do ponto turístico Ponte Estaiada de Teresina (2011);
Bailarina e atriz da companhia All Street Songs (2010 a 2014);
Atriz do grupo Identidade Própria (2010 a 2012).
Espetáculos
Zumbeats Escola de Monstros (2015);
Diversiment (2015);
Álvaro de Campos Em Pessoa;
Paixão de Cristo De Timon (2014);
Geléia Geral (2013);
Boa Noite Cinderela (2012);
Casa Noturna (2011);
Cidade Elétrica (2010);
O Feitiço de Romeu E Julieta (2010);
As Crônicas de Dorothy;
O Mágico de Oz.
Última atualização: 15/04/2018
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