Zabelê, índia formosa
É da tribo Amanajós*
Causadora de uma guerra
Que durou por sete sóis
Mandaú lhe desejava, era índio bravo e forte
Pelo amor de Zabelê, enfrentou até a morte
Amor não se determina, é um fogo que dispara
Pra azar de Mandaú, Zabelê amou Metara
A Tribo Amanajós lutava com a Pimenteiras*
Zabelê não se importou, perdeu suas estribeiras*
Mandaú ficou possesso, com inveja de Metara
Preparou uma emboscada*, na qual tudo desmascara
As tribos que se odiavam, voltaram a se enfrentar
O amor gerou revolta, fez muito sangue rolar
Um romance desastroso causou mais que só feridas
Pois Metara e Zabelê terminaram sem suas vidas
Vendo aquilo, o Deus Tupã, praticou sua justiça
Despertou sua revolta com toda aquela carniça
Em gato maracajá*, Mandaú foi transformado
Por perseguir Zabelê, agora será caçado
O casal apaixonado teve uma transformação
São dois Juritipirangas*, aves de bela canção
Agora voam bem alto sobre o rio da região
Soltam um canto que ecoa e emociona o coração.
Poesia de Rafael Nolêto.
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Obras publicadas:
Caminhos Piagas (2015);
Ao Redor do Eixo (2017).