Dança do Calango, de Luzia Amélia

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Foto: Margareth Leite

A “Dança do Calango” foi concebida em 1997 pela bailarina e coreógrafa Luzia Amélia em parceria com o Balé Folclórico, que entre as mais de 500 exibições, já foi apresentado em vários locais do Brasil, e em parte da Europa. O espetáculo retrata a capacidade de sobrevivência do homem nordestino ao compará-lo a um calango. É um trabalho que explora outras formas de pensar a dança, reforçando a identidade nordestina, de uma maneira corajosa, instintiva e altamente expressiva.” Fonte: Geleia Total

 

“A coreografia permeou pelo expressionismo, com gestos arcaicos, primitivos, a tensão entre os individual e o coletivo, às vezes bicho e às vezes gente, e por fim, um bicho gente inaugurando um fazer pessoal em dança, acessos subjetivos de mundos, gestos fortes, movimentos crispados, pedia repetidamente que eles atribuíssem o máximo de intenção a ações, que dessem atenção ao que podia parecer banal, transformar uma ação cotidiana em uma ação maravilhosa ou, quem sabe, uma ação questionadora.” Fonte: Revestrés

 

“’Ele foi muito importante para minha vida. Naquela época a Fundação Cultural Monsenhor Chaves era dirigida pela professora Cecília Mendes. Havia o grupo Alternativo de Teatro que depois se transformou em Balé Folclórico e foi com ele que montamos o Calango’, relembra. Trazer de volta toda a luta do homem nordestino de uma forma tão poética é uma maneira de manter vivo o espírito de busca daqueles que resistem em meio a problemas físicos, climáticos, estruturais.

Montar a Dança do Calango para Luzia foi mergulhar no universo do sertanejo e encontrar em um animal tão comum o elemento ideal para compor a cena. Os movimentos do calango inspiraram as coreografias que ganharam o país e chegaram até o exterior. “ O espetáculo mostra bem como nós somos resistentes. A coreografia faz uma analogia com o calango, a sobrevivência do homem nordestino, a força. E eu procurei mostrar tudo isso. Não pensei que fosse fazer tanto sucesso”, comenta.

Depois de tantos anos olhar para trás, segundo a coreógrafa, é ver que nada foi em vão. Tudo é fruto de muita dedicação e resultados alcançados por um grupo que venceu apesar das adversidades. “Do elenco original está todo mundo trabalhando, o que me deixa muito feliz. Vejo que eles venceram e estão muito bem trabalhando com dança e se destacando dentro dos seus projetos de vida”. Com o espetáculo, o grupo ganhou alguns prêmios, um deles, o de melhor coreografia no Festival Internacional de Salvador, em 1997; e também foi destaque no Festival de Dança de São Paulo. Fora do país, foram algumas participações na Alemanha (2006) e Itália (2005) que refletiram no empenho do grupo.” Fonte: meionorte.com

 

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