Margareth Leite

Foto de Margareth Leite

Onde tem arte ela está presente, suas fotos registraram boa parte da história dos artistas do nosso tempo, por isso ela é considerada a fotógrafa dos artistas. Natural de Teresina Margareth Sales leite é formada em jornalismo e se especializou em Marketing pela UFPI. A sua carreira como fotógrafa começou em 1990, trabalhou no Jornal O Dia, foi repórter fotográfica no Jornal da Manhã e Jornal Meio Norte. Em 1998 começou a lecionar no nível superior ministrando as disciplinas ligadas a fotografia. Seus trabalhos estão espalhados por vários livros, revistas e jornais. Suas fotos já integraram várias exposições fotográficas coletivas e individuais. E já foi premiada com menção honrosa no concurso Árvores Floridas, em 2009, promovido pelo Itaú Cultural. Foi produtora e diretora do documentário sobre as Rotas das Emoções. Com um vasto currículo, Margareth Leite é respeitada e admirada não só por artistas, mas por quem vira alvo dos seus cliques certeiros.

“Eu sou a primeira mulher que exerceu a função de fotojornalista no Piauí, de repórter fotográfica.” Margareth Leite

Nome Completo: Margareth Sales Leite

Descrição: Fotógrafa

Data de Nascimento: 30/05/1965

Local de Nascimento: Teresina-PI

O primeiro contato com a arte

Embora não se considere artista, Margareth Leite sempre esteve envolvida com a arte. Desde pequena, ficava sonhando com o ballet e o teatro, sua imaginação era o refúgio para o desejo que parecia muito distante, tamanha eram as dificuldades da época e as opções limitadas. Influenciada pelo gosto refinado dos irmãos a fotografa começou a se apaixonar pela música, brincava de cantar e encenava a apresentação de um show para os seus colegas. “Eu sempre tive muita ligação com a arte”, diz a artista. A insistência foi tão grande que aos 14 anos conseguiu que os pais a matriculassem em um curso de música e foi lá que ela conheceu o regente Aurélio Melo, que na ocasião era o seu professor de música junto com o músico Paulo Aquino. Margareth fez aulas de coral, música, flauta e teoria musical. Quando começou a cursar Jornalismo dividiu-se entre o seu curso e o de Artes, que ficava próximo ao seu, isso permitiu que ela desviasse o caminho nos intervalos das aulas para rever os amigos das artes e participar das atividades e eventos.

Do Jornalismo para a arte

Aproveitando os horários vagos Margareth Leite procurava sempre um motivo para frequentar as atividades do curso de Artes da UFPI, a aluna forasteira tinha mais intimidade com o curso alheio do que com o Jornalismo. E confessa que gostava de fotografia como um leigo, sem grandes pretensões, não se imaginava sendo fotografa e nem a sua primeira disciplina de fotografia ajudou a mudar a ideia que era majoritariamente teórica, só quando começou a aprender sobre fotojornalismo foi que se apaixonou pela profissão. Nesse período sua amiga, Maria Liz, que era apaixonada por fotografia, começou a influenciar Margareth que passou a ler e treinar na câmera da amiga. A feliz experiência foi tão bem-sucedida que as suas fotos se destacaram na disciplina demonstrando a sua afinidade com a futura profissão.

A primeira repórter fotográfica do Piauí

Margareth Leite começou a trabalhar no início do curso de Jornalismo como repórter fotográfica no Jornal O Dia. Tornando-se assim a primeira mulher a assumir esse cargo nos jornais do Piauí, o que lhe rendeu uma comenda municipal do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, em 1997.  Ela conta que aprendeu muito com o técnico de laboratório de revelação da UFPI na época, José da Providência, que dominava o conhecimento sobre fotografia, não só sobre o processo de revelação, mas em relação à técnica e composição fotográfica. Entre os anos de 1990 e 1999, trabalhou também no extinto Jornal da Manhã, Jornal Meio Norte e Sucesso Publicidade, sempre fotografando. A partir de 1998 começou a lecionar disciplinas ligadas a Fotografia na Faculdade CEUT, nos cursos de Publicidade e Jornalismo. Dois anos depois foi convidada para ministrar as mesmas disciplinas na Faculdade Santo Agostinho e Faculdade Camilo Filho no curso de Belas Artes. Também lecionou como professora substituta nas Universidades Estadual e Federal. A partir de 2010, Margareth decidiu que não dava mais para conciliar a função de professora e fotógrafa, e optou mais uma vez pela fotografia. “Apesar de nunca ter planejado, pensado em ser fotógrafa, a Fotografia me envolveu, chegou pra ficar e estamos juntas até hoje, me deu tudo que tenho”, diz Margareth.

Arte é o que faz você transcender, ela está além da matéria, é o que há de melhor no ser humano.” Margareth Leite

Da arte para a fotografia

“Eu nunca vou esquecer o dia que eu entrei no Theatro 4 de Setembro pela primeira vez, foi mágico! Parecia que eu estava entrando no céu”, relembra a fotógrafa. Durante o período de estudante Margareth Leite conta que era uma frequentadora assídua do teatro. Ela estava em todas as apresentações musicais do projeto Pixinguinha, que convidava uma vez por mês um cantor para se apresentar no espaço. Seu amigo Providência, que além de técnico de laboratório da UFPI, era fotógrafo, cenógrafo e ator passou a chamar Margareth para cobrir os eventos que aconteciam no teatro e começou então um elo com o teatro que dura até hoje, “eu sou barata de teatro”, brinca Margareth. Com isso a fotógrafa conheceu a atriz Lorena Campelo, Lari Salles, Açai e Aci Campelo, Carmem Carvalho que a convidaram para fotografar “Soy loco por ti”, espetáculo teatral produzido pelo grupo teatral Raízes, que a partir daí passou a convidá-la para fotografar suas peças. Também nessa época conheceu o ator Francisco Pellé e anos mais tarde tornou-se fotógrafa do grupo Harém de Teatro, fundado por Airton Martins, Arimatan Martins e Francisco Pellé.

Desafios na fotografia

Margareth Leite construiu sua vida e carreira com a fotografia, ela conta como tudo que conquistou veio dessa paixão tardia e de como foi o investimento para constituir tudo o que conquistou, sua modéstia a impede de se considerar uma artista e ela afirma: “eu sou uma operária da fotografia”. Crítica do próprio trabalho, a fotógrafa conta que está constantemente aprendendo, nunca se contentando com o que já domina. Ela já trabalhou como professora durante alguns anos, mas sua paixão fez retornar para a fotografia. Dentro da fotografia optou por fotografar coisas que lhe inspiram, como a arte, crianças e idosos. E foi trabalhando com crianças que conseguiu se aprimorar, o trabalho forçou a fotografa a ser ágil na captura da imagem. O fotojornalismo é na fotografia aquilo que mais chama a atenção de Margareth devido a sagacidade e crueza como os fatos são expostos. A profissão enfrenta grandes desafios na era onde a imagem é hipervalorizada e com as facilidades advindas da popularização dos celulares e máquinas fotográficas. “O artista precisa ganhar, precisa pagar plano de saúde, precisa ter um carro, precisa viajar de avião, precisa comer, precisa se vestir, ele precisa ter dinheiro pra viver como todo mundo precisa”, aponta Margareth Leite.

Assumidamente uma retratista

Os obstáculos foram vários até construir o arcabouço de técnicas e conhecimentos necessários para ser essa grande fotógrafa que é hoje, mesmo assim Margareth Leite se mantém firme. Ser fotógrafa é mais que paixão, é técnica. A fotógrafa aprendeu com o tempo a perceber detalhes que só o tempo é capaz de dar, a troca entre os seus sujeitos fotografados e a máquina fotográfica. Sua natureza comunicativa, observadora e apaixonada pelas pessoas parece ser a chave que segundo ela faz capturar aquilo que é mais próximo da pessoa retratada na foto. Seu trabalho é detalhista e cuidadoso, sua história cruza com a de vários artistas e a fotógrafa é responsável pela documentação da Cultura piauiense. Muito do que se registrou nas artes veio do clique sensível de Margareth que respira a arte e uniu seu prazer pelas artes ao ofício nos agraciando com belas fotos da cena artística piauiense.

Contatos

http://facebook.com/margareth.leite

http://instagram.com/margarethleitephoto

margarethleite@hotmail.com

Fotos

 

Última atualização: 17/09/2017

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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1 comentário
  1. Bela reportagem!
    Eu a acompanho há 30 anos como cunhada, e é isso mesmo, uma vida dedicada a arte e principalmente ao que gosta de fazer.
    O reconhecimento é o que mais preenche o coração de quem se dedica a uma causa. Parabéns cunhada!
    Sucesso!!! ????

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