Ithalo Furtado

O escritor, compositor e ativista cultual Ithalo Furtado é natural de Parnaíba- PI. Entrou para a faculdade com 17 anos e se formou em Sistemas de Informação, autor de dois livros: “Uma pedra em cada por enquanto” lançado em 2013 e “Dolores (e os remédios pra dormir) ” lançado em 2016. O escritor já rodou pelo Brasil lançando as suas obras, publicadas de forma independente. É Colaborador nos portais Jardim Elétrico e Teia Cultural. Ithalo começou a escrever em portais e blogs aos 19 anos e com esses trabalhos já entrevistou artistas como Leoni, Moska e Lenine. “Sinto que minha mão é uma partitura inconsciente. Tudo vira canção”, comenta o escritor.

“O amor é um doce bandido que nos leva, docemente, a alma desafina nosso senso e na desorquestra das palavras o amor é o maestro dos silêncios.” Ithalo Furtado

Nome Completo: Ithalo Furtado

Descrição: Escritor, compositor e ativista cultural

Data de Nascimento: 03/06/1985

Local de Nascimento: Parnaíba- PI

O primeiro poema

As palavras de uma criança podem impactar qualquer adulto, principalmente quando materializadas na forma de poemas. Foi assim com o jovem Ithalo Furtado que desde cedo já estava imerso no mundo da literatura. Já aos seis anos de idade teve uma poesia sua publicada nas provas do maternal da escola na qual estudava. “Não lembro bem o que senti, mas ali se estabeleceu uma relação sem volta com a literatura”, rememora o escritor. E depois disso não parou mais, continuou escrevendo, mas suas criações ficaram um bom tempo no âmbito privado até finalmente compartilhar com o público. “Chegava a desistir do texto quando ele era mais luz do que sombra. E o tempo me ensinou a ser concreto também nas abstrações. Parei de queimar com a fumaça e passei a incendiar o papel com lirismo e metáforas fortes. A reação das pessoas faz a gente entender que escrever é um lance divino e infernal”, diz Ithalo Furtado.

“A partitura inconsciente”

Ithalo Furtado é um artista múltiplo, não só escreve como também compõe músicas, por isso suas obras sempre são acompanhadas de outras formas de artes ultrapassando o recurso da escrita. Para ele unir tantas artes em um só trabalho é algo natural, pois elas estão interligadas. “Nunca consegui dissociar. Sinto que minha mão é uma partitura inconsciente. Tudo vira canção”. Os desafios para quem é um artista independente são diversos, mas a internet tem um papel singular na vida dos artistas, pois é por meio dela que é possível compartilhar ideias e sentimentos o que promove a aproximação com o público. Isso tornou a relação entre escritor e leitor bem mais orgânica. Além disso, o poder de alcance dos livros virtuais são bem maiores do que os físicos. Os resultados das suas obras são bem positivos, ele comenta o quanto é marcante receber abraços de pessoas que se identificam com os seus livros.

O primeiro livro

Haja sensibilidade para traduzir em poemas tantos sentimentos e essa identificação com a escrita de Ithalo Furtado foi tão forte que conquistou o seu público principalmente no Piauí. Em 2014 ele publica a obra “Uma pedra em cada por enquanto” em 2013 selecionada por um edital para financiar a sua publicação, mas com a demora da liberação do recurso o livro ganhou uma nova roupagem do original. E mesmo quando recebeu o financiamento o escritor teve que pedir um financiamento coletivo, pois o recurso do edital não cobriu todos os gastos. Os temas que mais inspiram Ithalo são a solidão urbana, angústia, desespero, autoflagelação e estrangeirismo. “Meus livros se conversam e são repletos de easter eggs e personagens invisíveis”, diz o escritor. Ele destaca a obra O estrangeiro de Albert Camus e comenta que o livro mudou a sua respiração. “Ser escritor no Brasil é gozar gostoso enquanto uma navalha acaricia teu pescoço”.

“Obrigado aos que embarcam no delírio que destilo pelo mundo.” Ithalo Furtado

As teias que fortalecem

A experiência de Ithalo Furtado com os portais Teia cultural e Jardim Elétrico foram bem importantes na sua careira, segundo o escritor esse contato mudou muito em termos de maturidade e projeção, pois foi lá que ele pôde aprender e se aprofundar na arte de fazer resenhas de discos e entrevistas artísticas, além de ter conhecido os artistas bem variados desde Leoni à Aline Lessa. A parceria com Lívia Gusmão e Di Pietro, os idealizadores do portal, deu muito certo e fez o escritor ganhar mais visibilidade. Ithalo conta que por influência do BR Rock e Rock Inglês começou a compor com 14 anos de idade, hoje ele acumula canções com artistas tais como Phillip Long, Aline Lessa, Roberta Campos e Haynna & os Verdes. Na literatura as suas referências são Cortázar, Clarice Lispector, Kafka, Dostoiévski, Drummond, Camus, Ana Cristina César, Leminski, Jack Kerouac, Rimbaud e Pessoa.

A criatividade, resistência e inovação

Quando se lê Ithalo Furtado você tenta apreender dentro das entrelinhas cada detalhe, mesmo que simples. Ithalo conta que a sua segunda obra publicada “Dolores (e os remédios pra dormir) ” representa uma mudança na sua carreira. A sua obra superou a sua expectativa em termos de divulgação, muitos meios de comunicação divulgaram-na, o sucesso e a receptividade que a obra recebeu surpreendeu o escritor que ganhou mais seguidores nas suas redes sociais graças ao alcance que a obra conseguiu ter. Seu livro é o primeiro explorando a leitura, música e linguagem visual, é o primeiro transmídia do Brasil. “As capas são sempre translúcidas e as cores densas, baixas, assim como sinto que deve ser a cor das solidões”, comenta Ithalo sobre as suas obras. O escritor conta como é desafiador viver com o que se ama, mas quando o artista aceita que é aquilo que ele quer para a sua vida cria forças para aceitar os obstáculos do caminho. Resistir é necessário, não seguir a maré, conta o escritor, é se tornar um artista marginal que sofrerá pelas suas escolhas fora dos padrões. E quem sabe seja exatamente por isso que Ithalo Furtado ganha tantos admiradores, por seu estilo singular e sensível diante do mundo.

Os desafios de ser escritor

Escrever é traduzir um pouco de si e do mundo, lapidar um texto é uma tarefa árdua, mas para começar mesmo a escrever, segundo Ithalo Furtado, o importante é ter coragem, foco e resiliência. A leitura do mundo na perspectiva do artista se materializa no ato da criação. O escritor conta que a arte pode sintetizar nossa doença em um antídoto abstrato. Seu trabalho em compor uma obra não passa pelas tintas do prazer apenas, tem toda uma luta, por vezes desgastantes em tentar conseguir vender a ideia do livro que precede a publicação. Cada obra sua tem muito suor envolvido. Não basta escrever bem e encantar os seus leitores, Ithalo merece toda a admiração e pelo tanto que conquistou. Seu novo trabalho se chama “Móveis empoeirados no peito”.

Contatos

http://instagram.com/ithalofurtado

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Fotos

Vídeo

Livros

“Uma pedra em cada por enquanto” (2013);

“Dolores (e os remédios para dormir)” (2016).

Outras fontes

http://blog.teiacultural.com.br/post/95934075971/poeta-piauiense-lan%C3%A7a-seu-primeiro-livro-em

Ithalo Furtado lança seu segundo trabalho da carreira, “Dolores (e os remédios pra dormir)”

 

Última atualização: 13/08/2017

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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